Espanha já não vai ter de partilhar luz nem calor: Em 2023 vai ter o seu próprio sol

Em 2023, Espanha vai ter um ‘sol artificial’ que está já a ser desenvolvido pelos cientistas através de um protótipo que acreditam ser uma “fonte limpa, segura, relativamente barata e quase inesgotável”.

Embora seja uma ideia com muito ainda por desenvolver, é a primeira instalação comercial europeia que vai levar a energia do Sol para uma rede elétrica onde existe um plasma que permite acelerar partículas, explica o jornal espanhol ABC.

O transporte de energia está a ser estudado, pela Universidade de Sevilha, através de um reator de fusão que já existe com a forma de um donut e permite que o plasma flua sem tocar nas paredes graças à força de ímanes, apelidado de SMART (Small Aspect Ratio Tokamak).

O SMART aparelho é uma versão compacta e esférica do protótipo europeu do JET ou do futuro Reator Termonuclear Experimental Internacional (ITER), um projeto conjunto da União Europeia, Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul, Índia, Rússia e China.

“É semelhante, mas em vez de ter a forma de um donut, tem a forma de uma maçã”, explicou a professora de Física Atómica, Molecular e Nuclear na Universidade de Sevilha e uma das responsáveis pela experiência Eleonora Viezzer revelando que a intenção é “obter o primeiro plasma no próximo ano”.

Serão analisados vários “regimes de confinamento elevado em fichas esféricas com formas flexíveis e desenvolvidas novas técnicas para o diagnóstico e controlo do plasma” esclareceu acrescentando que “estas máquinas possibilitam que se encontre desenhos mais compactos do que o ITER para estudar diferentes formas de plasma”.

Esta não é a única contribuição espanhola para a energia de fusão, o Laboratório Nacional de Fusão do CIEMAT opera um reator experimental de fusão por confinamento magnético, chamado de stellerator TJ-II há anos, liderando importantes avanços nesta área.

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