É oficial: Portugal avança para estado de alerta a 1 de Julho. Lisboa continua em contingência e calamidade

Portugal passa a estado de alerta a partir da meia-noite de dia 1 de Julho. O anúncio foi feito esta quinta-feira, em conferência de imprensa, pelo primeiro-ministro.

Na Área Metropolitana de Lisboa (AML) o Governo vai declarar estado de contingência, à excepção de 19 freguesias de cinco concelhos da AML de Lisboa, que continuam em estado de calamidade. Seis da Amadora, quatro de Odivelas, seis de Sintra, duas de Loures e uma de Lisboa.

António Costa alertou, contudo, que «a passagem da calamidade para estado de alerta não significa retomar a normalidade pré-Covid». Mantém-se em vigor as normas de confinamento domiciliário hospitalar para as doentes e em vigilância activa, bem como as regras sobre distanciamento físico, uso de máscara, lotação. horários e higienização. Os ajuntamentos ficam limitados a 20 pessoas e passa a ser proibido consumir álcool na via pública.

Relativamente à situação da AML, Costa constatou que a «situação é distinta de todas as outras», justificando a diferenciação. «Temos de ter um olhar mais preciso», pois se o tivermos «verificamos que na região de Lisboa e Vale do Tejo estamos a falar de um espaço muito grande, que envolve o distrito de Setúbal, todo o distrito de Lisboa,

«Dentro da Área Metropolitana de Lisboa, o número de novos casos não é idêntico em todo o lado», acrescentou, exemplificando com a diferença de situações entre a margem sul do Tejo e a margem norte. «Mas como há uma grande mobilidade de uma margem para a outra achamos que fazia sentir tratar de forma homogénea», explicou.

Quanto às 19 freguesias que permanecem em estado de calamidade, passa a vigorar dever cívico de recolhimento domiciliário. Assim sendo, passam a estar estão proibidas feiras e mercados, os ajuntamentos estão limitados a cinco pessoas e haverá um reforço da vigilância do cumprimento das regras, designadamente dos confinamentos obrigatórios.

Neste momento, recorde-se que Portugal contabiliza, pelo menos, 1.549 vítimas mortais associadas ao novo coronavírus e 40.415 casos confirmados de infecção, mostram os dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta quinta-feira. A DGS revela que a região de Lisboa e Vale do Tejo totaliza 17.767 casos de infecção.

 

  • Leia aqui o documento com a apresentação das novas medidas de desconfinamento
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