Do 5G à sustentabilidade: Accenture identifica tendências da maior exposição do mundo para a indústria móvel

A poucos dias do Mobile World Congress, que começa dia 27 de fevereiro, a Accenture identificou algumas tendências-chave que assumem principal destaque este ano na maior exposição do mundo para a indústria móvel.

De acordo com Eduardo Fitas, Managing Director de Comunicações, Media e Tecnologia da Accenture em Espanha, Portugal e Israel, estas são as cinco tendências a ter em conta:

1. O impacto do cenário económico nas Operadoras de Telecomunicações

O clima económico e laboral tem tido um impacto significativo na indústria das telecomunicações.
Por um lado, e embora os Communication Service Providers (CSP) sejam grandes empregadores, os custos laborais são impulsionados pelo contexto atual, caracterizado pelo baixo desemprego e pela contínua escassez de mão-de-obra. Por outro, os custos energéticos na Europa mantém-se elevados, o que tem um enorme impacto no negócio dos CSP – as redes de telecomunicações representam 2-3% da utilização global de energia – o que se mostra desafiante na gestão destas empresas pela exposição às flutuações dos preços da energia.

2. 5G – Da evolução à revolução

A rede 5G tem sido o tema central do World Mobile Congress desde há vários anos. Porém, o foco do debate deixou de se centrar nos benefícios de uma rede 5G e eleva agora a questão sobre a evolução explorando os progressos feitos até à data e o que esperamos que aconteça em 2023.

3. Sustentabilidade – As cinco áreas prioritárias de investimento na gestão e operações energéticas

Os CSP são confrontados com a pressão para reduzir o seu consumo de energia e desperdício ao mesmo tempo que fazem investimentos bastante consideráveis num novo espectro e infra-estruturas. A questão que se prende relaciona-se com a exequibilidade de cumprir todas as existências.

4. A reestruturação da indústria

Dadas as pressões substanciais que ocorrem à medida que as margens são comprimidas, juntamente com a necessidade de implantar redes de fibra e 5G, alguns CSP lançaram esforços para separar estruturalmente partes dos seus negócios. Por exemplo, estamos a assistir à criação de empresas de fibra estruturalmente separadas em toda a Europa para ajudar na corrida à implantação da fibra. E esperamos que estas FibreCos escalem, especialmente em países com extenso excesso de construção, à medida que as empresas de redes alternativas mais pequenas lutam em áreas sobre-construídas ou procuram saídas.

5. O Futuro das Redes

Virtualização, nebulosidade, desagregação e interfaces abertas estão a provocar mudanças significativas na forma como as redes são concebidas, implantadas e operadas. A conectividade de dados de alta velocidade e baixa latência e o conteúdo digital rico e imersivo estão a influenciar e a moldar o futuro das sociedades e indústrias. As redes atuais devem ser capazes de satisfazer um vasto conjunto de necessidades em rápida mutação, bem como fornecer aos colaboradores uma conectividade sem descontinuidades a dados, aplicações e plataformas a partir de qualquer lugar.

Os CSP devem transformar e construir capacidades através da experiência do cliente, além de terem modelos operacionais capazes de suportar redes públicas de cloud, NaaS, implementações de redes privadas e novos serviços de ponta. Ao mesmo tempo, os CSP precisam de pensar ainda mais sobre as redes no futuro.

O Metaverso será uma vantagem competitiva para as empresas, e estas precisam de ter a rede e a 5G em funcionamento para a apoiar. A rede deve ser simétrica, com latência extremamente baixa, e ser definida e programável por software para escalar para cima e para baixo, conforme necessário. Portanto, é importante que os CSP não estejam apenas a pensar nas redes de que necessitam hoje, amanhã ou no próximo ano, mas de onde virá a procura futura, preparando-se para tal.

Mobile World Congress volta a ser adiado. Nova data é 28 de junho de 2021

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