De Portugal para o Mundo: Autoeuropa celebra inovação nacional

autoeuropa Na data em que se assinala o Dia da Inovação e Competência, 20 de novembro, a Autoeuropa abriu as portas aos meios de comunicação, parceiros e colaboradores, de forma a dar a conhecer aquilo que de melhor se faz na fábrica de Palmela e que é posteriormente aplicado noutras unidades fabris do mundo. Além disso, o evento teve também por objetivo dar a conhecer os fornecedores e formadores que atuam lado a lado com a unidade de produção, incluindo faculdades e escolas profissionais. Inovação, competência técnica e ergonomia: são estes os conceitos por trás deste evento que surge de um projeto que faz parte da estratégia da Volkswagen Autoeuropa. “A fábrica tem vindo a assumir que pretende nos próximos três a cinco anos consolidar a sua abordagem em termos de inovação porque acredita que através desta vai conseguir atingir metas mais ambiciosas em termos de eficiência de custos, de qualidade, de produtividade e de ergonomia também”, explica a engenheira Margarida Pereira, diretora da área de engenharia industrial e lean management da Autoeuropa, que apresentou as inovações criadas pelos colaboradores da unidade de produção que têm o fito de melhorar os processos fabris. Este evento teve duas vertentes. De um lado estiveram os colaboradores que representaram as suas inovações e, do outro, a promoção e contacto com parceiros de negócio com demonstração de projetos potencialmente aplicáveis ao processo de fabrico. Porque, como explica, Margarida Pereira, “reconhecemos que a nossa atividade chave é a produção de automóveis e sabemos que há determinado tipo de competências mais complexas e técnicas que não temos. Por isso, faz todo o sentido termos estas parcerias estratégicas com universidades, start-ups e outras empresas que têm na sua identidade um cariz mais tecnológico porque é através destas parcerias que se obtém um crescimento mais rápido e sustentado.

‘Diáspora’ criativa

A fábrica da Autoeuropa é palco de investigação e criação de processos tecnológicos que facilitam e simplificam o trabalho nas linhas de montagem. Numa exposição, em que o interior da fábrica foi transportado para o local, foi possível conhecer inovações como a impressão 3D aplicada ao processo produtivo e o conceito “abre-latas”, que facilita a tarefa de inspeção de qualidade na área de soldadura, tecnologias que foram reconhecidas pela ‘casa-mãe’ e implementadas pelas fábricas VW espalhadas pelo mundo. Uma ‘diáspora’ de peças criadas em Portugal, mas enviadas para todo o mundo. “Muitas destas ideias nasceram aqui. Tivemos a oportunidade de as divulgar quer por visitas que nos fizeram colegas de outras fábricas ou em fóruns de partilha de boas práticas com as outras marcas e muitas delas foram consideradas “Best Practice”, um carimbo dado às práticas a estandardizar nas outras fábricas do grupo”, explica a engenheira. Inovação e Saúde de mãos dadas A Autoeuropa centrou ainda esta apresentação no conceito de ergonomia, isto é, o estudo da relação entre os seres humanos e elementos de um outro sistema de forma a melhorar os processos entre máquinas e colaborador. Com isto em mente, a fábrica de Palmela apresentou tecnologias que visam a melhoria das condições de trabalho. Com um fato simulador de envelhecimento, a Autoeuropa recria a deterioração pela qual um colaborador sénior passa a nível corporal, como a diminuição da capacidade motora, visual e auditiva. Quem veste este fato sente os músculos atrofiados, a visão distorcida e a sua audição diminui, sendo desta forma possível criar novos métodos para os trabalhadores em fim de carreira que melhorem a qualidade do seu trabalho. Uma das grandes estrelas do centro de formação da fábrica de Palmela é uma tecnologia adaptada da indústria dos videojogos, a Motion Capturing. Esta tecnologia é utilizada para animar imagens 3D para filmes ou videojogos através de um fato constituído por recetores, vestido neste caso pelos colaboradores enquanto estes executam uma tarefa. Depois, através de um software que compila a informação, é possível ter acesso à eficácia do processo por detrás daquela tarefa e saber como esta pode ser melhorada tendo em conta os critérios globais do grupo. A Autoeuropa é a primeira fábrica do grupo a adotar esta tecnologia, criada por uma universidade alemã.]]>