DBRS afirma que desempenho da banca portuguesa deverá normalizar-se e manter-se forte

A Morningstar DBRS defende numa análise hoje divulgada que o desempenho dos bancos portugueses deverá normalizar-se e manter-se forte, apesar de ser pouco provável que os lucros máximos se mantenham.

Numa análise hoje divulgada, a Morningstar DBRS sublinha que “a elevada receita líquida de juros impulsionou a forte rentabilidade dos bancos portugueses em 2023” e que a economia comparativamente saudável de Portugal limita a deterioração da qualidade dos ativos.

“Apesar dos desafios, os bancos mantêm uma liquidez e uma posição de capital adequadas”, adianta a agência de ‘rating’.

A Morningstar DBRS afirma que os maiores bancos portugueses em 2023 tiveram mais um ano forte, com os rendimentos gerados pelas taxas de juro mais elevadas e pela rápida reavaliação do preço dos empréstimos a ultrapassarem significativamente o aumento mais modesto das despesas e provisões.

Assim, continua a agência de ‘rating’, o resultado líquido total do setor aumentou 71% em termos homólogos em 2023, defendendo que o desempenho dos lucros dos bancos portugueses “atingiu provavelmente um pico no ano passado, juntamente com o nível das taxas de juro”, mas que espera que os bancos mantenham rendimentos saudáveis à medida que as taxas se fixam em níveis mais elevados.

O forte desempenho do ano passado foi também caracterizado por uma qualidade de ativos resiliente e por posições de capital e de liquidez adequadas.

“Consideramos que a economia saudável de Portugal significa que qualquer deterioração da qualidade dos ativos devido a condições de financiamento restritivas permanecerá provavelmente controlável”, conclui.

A análise foi feita com base nos dados agregados para os maiores bancos portugueses, designadamente Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português, Novo Banco, Caixa Económica Montepio, Banco BPI, e Banco Santander Totta.

Ler Mais