CO2 e Economia: quando um cai, o outro segue-lhe o exemplo

O vigor de uma economia pode medir-se pela concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera: quanto maior for a concentração, em partes por milhão, maior é a atividade económica. Atualmente, dados de um observatório instalado à sombra do vulcão de Mauna Loa, no Havai, o segundo maior do mundo, apontam para uma redução da concentração atmosférica de CO2.

O blogue ‘Political Calculations’ dá conta de que essa redução das emissões é um reflexo direto das perturbações lançadas pela guerra na Ucrânia sobre os mercados mundiais de produtos energéticos, nomeadamente ao nível do fornecimento, e pelos boicotes de alguns países às importações russas, reduzindo assim a queima de combustíveis fósseis, designadamente de gás natural, petróleo e carvão.

Adicionalmente, também os surtos de COVID-19 na China, que obrigaram ao confinamento de cidades inteiras, incluindo Xangai, o coração financeiro do país, levaram à paralisação de alguns setores e à desaceleração da atividade económica, o que resultou na diminuição das emissões de CO2. Estando a China no topo da lista de países emissores, uma redução no volume de dióxido de carbono libertado deverá ser facilmente distinguível.

As conclusões a que os dados nos permitem chegar estão em linha com as projeções de entidades como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, que reviram em baixa as previsões de crescimento económico a nível mundial para 2022. No entanto, nenhuma das instituições avançou com qualquer cenário de recessão económica.






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