Bolsonaro indiciado por fraude durante a Covid-19: presidente brasileiro terá falsificado cartão de vacina

O antigo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi indiciado esta terça-feira por associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema público de saúde brasileiro, numa investigação das autoridades sobre a possível falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.

Foram também indiciadas pela Polícia Federal mais 16 pessoas. Em causa estão os crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema público de Ministério da Saúde, que podem valer até 12 anos de prisão.

De acordo com dados do Ministério da Saúde local, o ex-presidente apanhou a sua vacina a 19 de julho de 2021, na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Peruche, na Zona Norte de São Paulo. No entanto, Bolsonaro não só não estava na capital paulista à data mas também o lote de vacinação do sistema não estava disponível na UBS onde terá ocorrido a inoculação, sublinharam as autoridades.

A Controladoria-Geral da União (CGU) encontrou outros dois registos de vacinação de Jair Bolsonaro, de 13 de agosto e 14 de outubro de 2022, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, mas foram cancelados por “erro”.

Jair Bolsonaro, de acordo com a Polícia Federal, que investigou o caso durante mais de um ano, terá forjado o comprovativo de vacina contra a Covid-19 para poder entrar nos Estados Unidos, para onde fugiu um dia antes do final do seu mandato, em dezembro de 2022, por receio de ser preso quando tomasse posse o Governo de Lula da Silva.

Além desta ação, Jair Bolsonaro, que foi tornado inelegível a exercer um cargo público até 2030, é alvo ainda de mais de duas dezenas de processos no STF, Supremo Tribunal Federal, e no TSE, Tribunal Superior Eleitoral

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