Ataques a ministros podem implicar ‘reforço’ na prevenção policial: Duarte Cordeiro e Fernando Medina não vão apresentar queixa contra ativistas climáticos

Fernando Medina e Duarte Cordeiro, os dois ministros alvos de ataques com tinta verde por parte de ativistas climáticos, não vão apresentar queixa, segundo avançou esta quinta-feira o jornal ‘Observador’, que indicou que as ações dos manifestantes não foram suficientes para determinar o reforço da segurança pessoal aos membros do Governo. Mas, segundo fonte oficial, “as equipas estarão preparadas para atuar de modo ligeiramente diferente”.

“No caso de entidades mais ‘high profile’, estas já têm por norma equipas robustas, possivelmente não se justificará um reforço efetivo tendo em conta o que está em causa. Mas as equipas estarão preparadas para atuar de modo ligeiramente diferente e vão ser mais interventivas junto de quem possa representar uma ameaça”, frisou.

António Costa, por ser primeiro-ministro, tem uma equipa de segurança muito mais robusta: cada deslocação do chefe do Governo envolve uma avaliação prévia de riscos e a definição da equipa de segurança necessária. No entanto, os restantes ministros não têm a mesma robustez pois têm um grau de exposição ao risco menor.

De acordo com as autoridades, os protestos do movimento climático não levaram a acreditar “que esteja em risco a integridade física de um ministro. “Não se acredita que sejam pessoas que um dia apareçam com um bastão ou que queiram ferir um governante ou pôr uma bomba”, indicou fonte policial.

No entanto, apesar do risco baixo, as forças de autoridades vão adequar as suas ações – não podem correr o risco de ter um ministro atacado com tinta todas as semanas, o que pode significar uma ‘mancha’ na sua atuação, obrigando para isso a uma maior proatividade das equipas e intervenção.

“São normais as adaptações cada vez que algo muda, por exemplo no que toca à tensão em áreas em que as personalidades se movem”, acrescentou. Outra das alterações deverá passar por reforços pontuais da segurança dos governantes com equipa menores.

A Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública lembrou que a “afetação de segurança pessoal é precedida por uma avaliação de ameaça, feita pelos Serviços de Informações e Segurança (SIS)”. “De acordo com o grau de ameaça, é nos termos do plano de coordenação e cooperação das forças e serviços de segurança, que pode ser determinada a afetação de elemento ou equipa de segurança pessoal”, referiu a fonte.

Fernando Medina atacado com tinta verde por ativista climática

Ministro do Ambiente atacado com tinta por ativistas climáticos durante conferência

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