Está a vida extraterrestre a ‘somente’ 2.300 dias de distância? Sonda da NASA vai cumprir ‘profecia’ de romance de 1982

O romance ‘2001: Odisseia no Espaço’, de Arthur C. Clarke, é ofuscado pela versão cinematográfica realizada por Stanley Kubrick… mas quantas pessoas conhecem a sua sequela?

Lançado em 1982, ‘2010: Odyssey Two’ deu-nos um potencial vislumbre do futuro da raça humana. O livro contém um severo aviso de alguns aliens e, apesar de ser um obra de ficção, sugere que se pense em Europa como fonte potencial de vida extraterrestre.

A lua mais pequena de Júpiter foi descoberta em 1610, mas mais recentemente, mais concretamente na década de 1990, a missão Galileo da NASA descobriu um potencial oceano debaixo da superfície e começou a especular-se que poderia albergar vida.

Em outubro de 2024, a NASA lançou a sonda espacial ‘Europa Clipper’ como parte da busca mais avançada por vida alienígena. Embora só deva chegar à lua de Júpiter em abril de 2030, segundo o espírito do livro, é possível que se encontrem provas reais de vida extraterrestre daqui a pouco mais de 2.300 dias.

Existem alguns problemas com a missão: a lua de Júpiter, Io, emite dióxido de enxofre que é depois ionizado no campo magnético de Júpiter e lançado a 300 quilómetros por segundo, pelo que chegar perto de Europa é um problema. Esta radiação é descrita como ‘criptonita’ para a eletrónica, mas para o ‘Europa Clipper’ irá recuar e analisar Europa de longe, mergulhando a cada poucas semanas para evitar ser feito em pedaços.

Europa pode não ser o refúgio imaginado, e se estivesse na sua superfície, seria atingido por 5.400 milisieverts de radiação num único dia. Isto é mais de 1.800 vezes mais do que a dose média anual na Terra, sugerindo que Europa não é a lua hospitaleira em que se poderia acreditar.

Embora se pense que a superfície de Europa está a -160 graus Celsius, as aberturas subaquáticas podem suportar vida. Com Europa a ter potencialmente um oceano durante quatro mil milhões de anos, seria tempo mais do que suficiente para a vida evoluir aqui. Não espere vida complexa, é provável que se encontrem apenas organismos unicelulares em Europa.

O ‘Europa Clipper’ não será capaz de perfurar o gelo da superfície de Europa em busca de vida, mas em vez disso, as erupções dos gêiseres poderão conter sinais de vida. Encélado de Saturno também poderia ter provas de vida nas estrelas, embora se pense que o oceano de Europa é mais antigo, pelo que é mais provável que seja o lar de alguma forma de vida.

As futuras missões esperam colocar um módulo de aterragem na superfície de Europa e, se for possível encontrar vida, espera-se que seja um salto gigantesco para a humanidade.

Juntamente com o ‘Europa Clipper’, a Agência Espacial Europeia tem a sua missão Jupiter Icy Moon Explorer (JUICE), que deverá chegar 15 meses depois da NASA.

A corrida por Europa começou e, embora duvidemos que seja renomeada como Terra II, os nossos primeiros sinais reais de vida alienígena tornaram-se um pouco mais próximos.

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