Randstad Insight: O mercado de trabalho português em 50 destaques

A população activa aumentou em 52,8 mil pessoas no primeiro trimestre (Q1) de 2024, situando-se nos 5,39 milhões. 32,2% dos activos têm o ensino superior, 0,6 pontos abaixo daqueles com ensino secundário e pós-secundário.

A sua taxa de actividade é a mais alta, e chega aos 83,7%.

O número de pessoas empregadas aumentou em 39,2 mil pessoas no Q1 de 2024, superando os 5,0 milhões de profissionais, o seu maior valor histórico. A taxa de emprego total situou-se em 56,6%.

85,7% dos profissionais são assalariados, dos quais 83,7% têm contrato sem termo.

O emprego nas administrações públicas aumentou em 3103 pessoas (+ 0,4%) num ano e, no Q1 de 2024, alcançou os 748 870 profissionais.

No último trimestre houve uma aumento de 3464 pessoas (+ 0,5%).

32,9% dos profissionais possuem ensino superior e a sua taxa de emprego é de 79,7%.

A taxa de emprego dos profissionais com estudos secundários e pós-secundários está 10,4 pontos abaixo.

Dos 368,2 mil desempregados, 38,4% estão à procura de emprego há mais de um ano, proporção que diminuiu 2,9 pontos percentuais (p.p.) no último ano.

O desemprego aumentou em 13,6 mil pessoas no Q1 de 2024.

O número de pessoas em regime de teletrabalho aumentou no Q1 em 101,7 mil pessoas, superando o milhão de pessoas (20,5% do total de empregados).

Apenas a Península de Setúbal e Lisboa estão acima da média nacional.

O valor médio das remunerações foi de 1388,46 euros em Fevereiro de 2024, com uma queda mensal de – 1,4%.

Lisboa apresenta o maior valor com 1633,90 euros.

Desde Janeiro de 2023, a constituição de empresas tornou-se maior que a dissolução, continuando com a tendência seguida desde 2022.

No mês de Março dissolveram-se 1146 e constituíram-se 4466 entidades.

34,0% de todas as pessoas empregadas em Portugal têm um baixo nível de qualificação (no máximo têm o ensino secundário obrigatório).

Esta proporção duplica a média da União Europeia.

Actividade

A população activa aumentou em 52,8 mil pessoas durante o primeiro trimestre de 2024, situando-se nos 5,39 milhões. Interanualmente, a população activa aumentou + 1,5%, atingindo o seu máximo valor histórico.

Evolução da população activa
(variação trimestral absoluta em milhares e % de variação anual)

A taxa de actividade diminuiu em – 0,2 p.p. no Q1 de 2024, alcançando 60,8%. A diferença entre a taxa dos homens (64,9%) e mulheres (57,1%) aumentou em 0,1 p.p.

População activa por sexo (2024Q1)
(milhares de pessoas. % de todos os activos)

A taxa de actividade cresceu apenas nas faixas etárias de mais de 45 anos. A maior taxa, 93,0%, é a da população com idade entre 35 e 44 anos.

População activa por idade (2024Q1)
(milhares de pessoas. % de todos os activos)

32,2% das pessoas activas têm o ensino superior, 0,6 pontos abaixo daquelas com ensino secundário e pós-secundário. No entanto, a sua taxa de actividade é a mais alta, e chega aos 83,7%.

População activa por nível de estudos (2024Q1)
(milhares de pessoas. % de todos os activos)

No Q1, a diferença entre as regiões com maiores e menores taxas de actividade aumentou para 6,1 p.p. A região com mais activos é a do Norte, com 1,89 milhões de pessoas.

Emprego

O número de pessoas empregadas aumentou em 39,2 mil pessoas no primeiro trimestre de 2024, ultrapassando os 5,0 milhões de profissionais, atingindo o seu maior valor histórico.

Evolução da população empregada
(variação trimensal absoluta e % de variação anual)

A taxa de emprego total situou-se em 56,6%. A diferença entre o número de homens e mulheres empregados foi de 49,8 mil pessoas, sendo maior que no trimestre anterior. A diferença entre as suas taxas foi de 8,0 p.p.

População empregada por sexo (2024Q1)
(milhares de pessoas. % de todos os empregados)

25,3% de todos os profissionais têm menos de 35 anos, enquanto que 24,0% têm mais de 55 anos. As maiores taxas de emprego são medidas na faixa etária entre os 35 e os 44 anos (87,7%).

População emprego por idade (2024Q1)
(milhares de pessoas. % de todos os activos)

32,9% dos profissionais têm o ensino superior completo e a sua taxa de emprego é de 79,7%. A taxa de emprego dos profissionais com estudos secundários e pós-secundários está 10,4 pontos abaixo.

População empregada por nível de estudos (2024Q1)
(milhares de pessoas. % de todos os empregados)

4,30 milhões de pessoas trabalham por conta de outrem, das quais 83,7% têm contrato sem termo. A taxa de emprego temporário situa-se nos 16,3%, 0,8 p.p. menor do que a registada há um ano.

Trabalhadores por conta de outrem, por tipo de contrato (2024Q1)
(milhares de pessoas. % de trabalhadores por conta de outrem)

Dos 4,30 milhões de profissionais ao serviço de terceiros, 6,9% trabalham a tempo parcial, proporção que reflecte uma tendência decrescente desde 2011. No Q4 aumentou 0,2 p.p.

Empregados por conta de outrem, por duração de trabalho (2024Q1)
(milhares de pessoas. % de trabalhadores por conta de outrem)

1,34 milhões de profissionais têm antiguidade superior a 20 anos, o que equivale a 26,7% do total de empregados. Esta proporção aumentou em 0,6 p.p. no último trimestre.

População empregada, por antiguidade no emprego (2024Q1)
(% do total de empregados)

A diferença entre a região com a taxa de emprego mais baixa (Península de Setúbal: 53,4%) e a mais alta (R.A. Madeira: 60,2%) é de 6,8 pontos. A região com mais profissionais é a do Norte (1,76 milhões).

Taxa de emprego por região (2024Q1)
(% de empregados entre a população com 16 anos ou mais)

Os especialistas das actividades intelectuais e científicas, com 1,13 milhões de profissionais, são o maior grupo profissional, o que é equivalente a 22,6% de todos os empregados do nosso país.

População empregada, por profissão (2024Q1)
(milhares de pessoas)

A indústria transformadora gera 16,8% do emprego do País. O comércio é a segunda actividade com mais profissionais, 14,6%. Nos serviços, os sectores da educação e da saúde empregam 18,4% do total de profissionais.

Desemprego

A população desempregada aumentou em 13 600 pessoas no Q1 de 2024, o que levou o número de desempregados para 368 200 pessoas. Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, houve uma queda de – 3,4%.

Evolução da população desempregada
(variação trimestral e % de variação anual)

A taxa de desemprego cresceu 0,2 p.p. para 6,8%. Diminuiu para os homens em 0,2 p.p. (6,2%) e aumentou para as mulheres em 0,6 p.p. (7,5%). A diferença entre as duas foi de 1,3 p.p.

População desempregada por sexo (2024Q1)
(milhares de pessoas. % de todos os desempregados)

A taxa de desemprego dos mais jovens diminuiu 0,9 pontos no primeiro trimestre, para 23,0%, sendo ainda três vezes superior à média de desemprego total do País (6,6%).

População desempregada por idade (2024Q1)
(milhares de pessoas. % de todos os desempregados)

40,3% dos desempregados não possuem ensino médio ou superior, o que dificulta a saída do desemprego. O desemprego aumentou em quase todos os grupos de escolaridade, excepto no básico – 2º ciclo e no superior.

População desempregada por nível de estudos (2024Q1)
(milhares de pessoas. % de todos os desempregados)

141,3 mil desempregados, 38,4% do total, estão à procura de emprego há mais de um ano, proporção que diminuiu 2,9 pontos percentuais no último ano.

População desempregada, por duração da procura de emprego
(milhares de pessoas)

A R.A. Madeira (6,1%) e o Alentejo (6,2%) são as regiões com menor taxa de desemprego. A Península de Setúbal tem a taxa mais alta (8,1%), mas o Norte apresenta o maior número de desempregados (128,9 mil).

Teletrabalho

O número de pessoas em regime de teletrabalho aumentou no Q1 em 101,7 mil pessoas, superando o milhão pessoas (20,5% do total de empregados). Apenas a Península de Setúbal e Lisboa estão acima da média nacional.

População empregada que trabalhava em casa, total ou parcialmente, por região (2024Q1)
(milhares de pessoas)

23,3% das pessoas em teletrabalho trabalha sempre em casa, menor percentagem do que aqueles que trabalham em modelo híbrido, 35,3%. O teletrabalho é mais frequente para profissionais com elevada qualificação e em idades intermédias.

Emprego público

O emprego nas administrações públicas aumentou em 3103 pessoas (+ 0,4%) num ano e, no Q4 de 2023, alcançou os 748 870 profissionais. No último trimestre houve um aumento de 3464 pessoas (+ 0,5%)

Evolução emprego público e variação (2024Q1)
(pessoas. % variação interanual)

75,0% (560 835 pessoas) dos profissionais das administrações públicas está na administração central e, a nível de localização, 92,5% (692 902) está no Continente.

Emprego nas administrações públicas, por NUTS I
(pessoas. % sobre emprego público) 2024Q1

O maior grupo nas administrações públicas em Portugal é o de assistente operacional/operário/auxiliar, com 168 097 profissionais (22,5% do emprego público) e 37,3% actuam na área da saúde e educação.

Artigo publicado na Revista Executive Digest n.º 219 de Junho de 2024

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