O Juízo Central Criminal, no Tribunal de Coimbra, vai receber esta manhã – a partir das 9h30 – a leitura do acórdão no âmbito do mega-processo dos catalisadores: em julgamento estão 37 pessoas, desde novembro do ano passado, no âmbito de um processo relacionado com furtos e posterior comercialização de catalisadores, tráfico de estupefacientes, bem como associação criminosa.
Os 37 arguidos estão pronunciados por milhares de crimes, recaindo a grande maioria sobre 14 elementos, 11 deles da mesma família, do concelho da Figueira da Foz, que pelo menos desde 2019 terão formado um grupo criminoso.
Entre os alegados crimes figuram a associação criminosa, tráfico de estupefacientes agravado, violação de segredo de justiça, prevaricação de advogado ou solicitador, falsificação ou contrafação de documento, falsidade informática e coação.
Figuram ainda eventuais crimes de furto qualificado (14 dos arguidos irão responder por 323 crimes de furto qualificado cada um), escravidão, tráfico de pessoas, dano com violência, ofensa à integridade física qualificada, entre outros.
Este grupo, “dotado de estabilidade, permanência e opacidade”, organizava-se “de forma estruturada e hierarquizada e distribuindo tarefas entre si”, sendo liderado por dois irmãos e cunhado.
Os membros do grupo atuavam “sempre sob a coordenação e as ordens e instruções” dos três líderes, dedicando-se à prática de vários crimes, entre os quais tráfico de estupefacientes e furto de catalisadores, “em permanente e estreita colaboração”.
Os arguidos têm idades entre os 20 e os 67 anos, encontrando-se um deles a cumprir pena de prisão efetiva e outro em prisão preventiva, para além de outros já terem tido condenações em outros processos.














