Greve dos motoristas: Saiba quais são os 333 postos prioritários onde poderá abastecer

Os sindicatos dos motoristas de matérias perigosas entregaram um pré-aviso de greve com início a 12 de agosto. E em jeito de preparação para o protesto, a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) divulgou os postos de abastecimento de combustível que compõem a Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA), para veículos em geral e prioritários.

Há 333 locais que vão desfrutar de abastecimento prioritário mas, provavelmente, racionado, como sucedeu durante a última greve, em abril, em que cada veículo podia abastecer gasolina ou gasóleo num máximo de 15 litros nos postos da REPA.

Consulte aqui a lista e evite ficar com o depósito vazio.

Entre os veículos prioritários, encontram-se os das Forças Armadas, de forças de segurança, de agentes de protecção civil, e serviços de emergência médica e transporte de medicamentos, entre outros.

No pré-aviso de greve entregue pelos sindicatos, eram propostos serviços mínimos de 25% em todo o país. Por sua vez, as empresas propunham 70% de serviços mínimos garantidos.

Na greve iniciada em 15 de abril passado, o Governo estipulou a garantia dos serviços mínimos com 40% dos trabalhadores em funções, mas apenas para Lisboa e Porto.

Posteriormente, o Governo acabou por decretar uma requisição civil e, depois, convidar as partes a sentarem-se à mesa de negociações.

A elevada adesão à greve de três dias surpreendeu todos, incluindo o próprio sindicato, e deixou sem combustível grande parte dos postos de abastecimento do país.

Esta segunda-feira, o SIMM ameaçou consequências mais graves para a greve que começa em 12 de Agosto do que as sentidas em Abril, através de uma carta aberta enviada às redacções.

O sindicato avisou que, além dos combustíveis, a próxima greve vai afectar também o abastecimento às grandes superfícies, à indústria e serviços, podendo “faltar alimentos e outros bens nos supermercados”.

A indústria, alertou o SIMM, “vai sofrer graves perdas e grandes exportadoras como a Autoeuropa correm o risco de parar a laboração”.

Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em Janeiro de 2020, 800 euros em Janeiro de 2021 e 900 euros em Janeiro de 2022, o que com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1400 euros em Janeiro de 2020, 1550 euros em Janeiro de 2021 e 1715 euros em Janeiro de 2022.

Estes sindicatos acusam a Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) de já ter aceite este acordo e de agora estar a voltar atrás na decisão, o que a ANTRAM desmente.

Segundo fonte sindical, existem em Portugal cerca de 50 mil motoristas de veículos pesados de mercadorias, 900 dos quais a transportar mercadorias perigosas.

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