Certificados do Tesouro: Os novos certificados rendem mais ou menos?
Com a suspensão dos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento, os Certificados do Tesouro Poupança Valor (CTPV) foram implementados a 13 de setembro de 2021 em substituição.
No entanto, uma vez que os títulos subscritos não desaparecem com os novos certificados e rendem mais, quem tem a primeira série de certificados deve mantê-la até alcançarem a maturidade.
Os CTPV têm um prazo de sete anos e o pagamento de juros anuais é feito a uma taxa crescente. Podem ser subscritos a partir de 1.000 euros, nos locais habituais AforroNet, CTT e Espaços Cidadão.
O rendimento destes é, no entanto, mais baixo face aos certificados anteriores. A taxa é de 0,7% nos dois primeiros anos, subindo para 0,8%, 0,9% e 1% nos anos seguintes. No sexto e sétimo ano, a remuneração é de 1,3% e 1,6% em termos brutos, respetivamente. No que toca à taxa média, os CTVP pagam uma taxa de 1% se mantiver os títulos até ao fim da maturidade, ou seja, uma taxa líquida de 0,7%.
Em função do PIB, o prémio também recuou, pois nos novos certificados, a bonificação aparece apenas no terceiro ano com uma taxa de 20% do crescimento médio real do PIB, com um máximo de 1,5% em cada ano.
Em comparação com os depósitos a prazo, a poupança preferida dos portugueses, os CTVP rendem mais do que a maioria. Segundo uma análise feita no início de setembro, a média de um depósito de 5.000 euros a 12 meses era de 0,06%, taxa que equivale a um rendimento praticamente inexistente e muito abaixo da taxa de inflação de 4% prevista pelo Banco de Portugal.