Entre as 200 grandes empresas em Portugal só as 25 maiores conseguem manter-se no topo

Considerando o conjunto das 200 empresas em Portugal com maior volume de negócios, em cada ano do período 1981 a 2018, observa-se maior estabilidade nas posições cimeiras do ranking,  segundo indica o recente estudo “Ascensão e declínio das maiores empresas em Portugal”, divulgado pelo Banco de Portugal, esta sexta-feira.

Segundo apurou o estudo, realizado pelos analistas Ana Catarina e João Amador, ambos do Departamento de Estudos Económicos, as empresas nas posições [1-25] apresentam uma probabilidade de se manterem nessa classe que decresce lentamente, situando-se em 87% e 81% após 1 e 2 anos, respetivamente, e que permanece em torno de 29% após 20 anos.

No caso das empresas posicionadas na classe [26-50] as probabilidades de se manterem na mesma classe diminuem à medida que aumenta o horizonte temporal considerado, situando-se em 17% após 20 anos.

Pelo contrário, nos intervalos mais baixos do ranking, as probabilidades diminuem mais rapidamente e caem abaixo de 5% depois de 20 anos.

A análise conclui também que, em média, para diferentes classes e períodos temporais, a probabilidade de se registarem movimentos ascendentes dentro do ranking é menor do que a probabilidade de se registarem quedas.

Importa ainda reter que estas 200 maiores empresas analisadas representavam cerca de 10% do valor acrescentado bruto
de Portugal em 2018 e pertenciam principalmente aos setores do comércio, alojamento e restauração e da indústria.

Em média, cada empresa integra o top 200 por nove anos e existe um número significativo de empresas que integra o ranking por poucos anos. A mediana da permanência no top 200 é seis anos e apenas cerca de 6% das empresas pertenceram ao conjunto das 200 maiores durante, pelo menos, 30 anos. O conjunto das 50 maiores empresas evidencia um comportamento diferente das demais, permanecendo mais tempo no top 200.

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