Conheça as sete vacinas contra a Covid-19 mais promissoras e saiba em que fase de testes estão

Dezenas de vacinas contra o novo coronavírus estão a ser desenvolvidas e testadas em todo o mundo, da Europa, à China, Rússia e América.

Recentemente, as farmacêuticas Pfizer e Moderna anunciaram as taxas de eficácia das suas vacinas, ambas superiores a 90%, com base nos resultados dos ensaios conduzidos. Também a vacina desenvolvida pela chinesa CanSino e pelo Instituto Gamaleya de Moscovo, da Rússia, se têm mostrado promissoras.

São várias as vacinas que estão a ser desenvolvidas e testadas em todo o mundo, saiba quais são:

Pfizer e BioNTech

A vacina da Pfizer e BioNTech está atualmente a ser submetida a ensaios de fase três, tendo-se verificado que é mais de 95% eficaz na prevenção da da covid-19 nos voluntários do ensaio.

A farmacêutica americana disse que a eficácia da vacina era consistente nos vários grupos etários e étnicos, e que não havia grandes efeitos secundários associados, um sinal de que a imunização poderá ser generalizada a todo o mundo.

A eficácia em adultos com mais de 65 anos, que representam um grupo de risco devido à idade, foi superior a 94%. A análise final vem apenas uma semana após os resultados iniciais do ensaio terem demonstrado que a vacina era mais de 90% eficaz.

Na sequência dos resultados, a Pfizer e a BioNTech, empresa de biotecnologia alemã, planeiam submeter a vacina à Food and Drug Administration (autoridade reguladora do medicamento norte-americana) na terceira semana de novembro, indicando que a vacina poderá ser lançada antes do Natal.

Universidade de Oxford e AstraZeneca

A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca foi inicialmente apontado para ser a grande pioneira no combate à covid-19, no entanto, está agora atrás da vacina da Pfizer e da Moderna.

A vacina está também a ser submetida a ensaios de fase três em todo o mundo, com resultados esperados numa questão de semanas. A vacina já demonstrou desencadear uma resposta imunitária robusta em adultos saudáveis com idades compreendidas entre os 56 e 69 anos e pessoas com mais de 70 anos.

Os dados da segunda fase, publicados no The Lancet, sugerem que um dos grupos mais vulneráveis a doenças graves e à morte por covid-19 poderia desenvolver imunidade. De acordo com os investigadores, os voluntários no ensaio demonstraram respostas imunitárias semelhantes nos três grupos etários (18-55, 56-69, e 70 ou mais).

Moderna

A farmacêutica norte-americana Moderna tem utilizado tecnologia semelhante à da Pfizer (mRNA) para produzir a sua vacina, que está também a ser submetida a ensaios de fase três, com 30.000 voluntários nos Estados Unidos.

Esta semana, a Moderna anunciou que a sua vacina tinha uma eficácia de 94,5%. Dados provisórios sugerem que funciona em todos os grupos etários, incluindo os idosos.

Vários especialistas e peritos de saúde pública reagiram à notícia da Moderna, que consideraram “excelente”.

CanSino e o Instituto de Biotecnologia de Pequim na China

A vacina do CanSino é uma vacina vetorial viral e é uma das principais candidatas a vacina na China. Os resultados do ensaio da fase dois mostraram que a vacina produz “respostas imunitárias significativas na maioria dos recetores”, sem efeitos secundários graves.

Enquanto o CanSino ainda se encontra na fase dois do seu ensaio, em junho, a empresa farmacêutica tornou-se a primeira a receber aprovação limitada para utilizar a sua vacina em pessoas.

O governo chinês aprovou a vacina apenas para uso militar, pelo que não é claro se vai distribuí-la ao público.

Instituto Gamaleya de Moscovo, Rússia

A Rússia avançou com o seu principal candidato a vacina, a Sputnik V, apesar da falta de resultados e evidência científica de que era segura para utilização.

A vacina utiliza duas estirpes de adenovírus, e requer uma segunda injeção de seguimento após 21 dias para impulsionar a resposta imunitária. A Rússia ainda não publicou quaisquer dados dos seus ensaios clínicos, mas afirma que a vacina é 92% eficaz.

Numa declaração, o Instituto Gamaleya afirmou que “como resultado de uma análise estatística de 20 casos confirmados de coronavírus, a divisão do caso entre indivíduos vacinados e aqueles que receberam placebo indica que a Sputnik V teve uma taxa de eficácia de 92% após a segunda dose”.

Janssen

A Johnson & Johnson’s, da Janssen, já recebeu ‘luz verde’ para realizar ensaios da sua vacina contra o novo coronavírus no México.

A vacina iniciou o seu ensaio de fase três em setembro, incluindo 60.000 pessoas nos EUA, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e África do Sul.

Novavax

A empresa americana Novavax desenvolveu uma vacina candidata que é administrada em duas doses, com 21 dias de intervalo.

No final de setembro, a Novavax anunciou o lançamento do seu ensaio de fase três no Reino Unido, que vai testar a vacina em até 10.000 pessoas. Esta semana, a FDA concedeu à vacina uma designação de aprovação rápida, o que significa que poderá ser lançada em breve nos EUA.