“É impossível uma empresa ser competitiva em Portugal” devido à política fiscal, diz Diretor-Geral da Jaba Recordati

Nelson Pires, Diretor-Geral da Jaba Recordati Portugal, subiu ao palco da 21.ª Conferência da Executive Digest onde questionou o tipo de Estado e de país que queremos, mais interventivo ou menos interventivo?

O primeiro ponto assinalado por Nelson Pires foi a importância de as universidades se adaptarem para dar esposta às necessidades do mercado. Para tal, o Diretor-Geral da Jaba Recordati sublinhou a importância da criação de um observatório para analisar as necessidades do mercado nos próximos 10 anos.

Para além disso, Nelson Pires destacou a importância de todos os cursos superiores terem uma área prática mais definida, por forma a preparar os estudantes para o mercado do trabalho.

Nelson Pires sublinhou ainda que “é impossível uma empresa ser competitiva em Portugal” devido à política fiscal, considerando que o Estado é o maior “servedor” das empresas.

Para tal, sugere a criação de incentivos para os empresários que investem na empresa e também um compromisso por parte do Estado para a redução da taxa de IRC, fixando-a no máximo de 17% em 2026.

“O problema da falta de produtividade é simples, é a liderança”, destacou o Diretor-Geral da Jaba Recordati, acrescentando que falta competências aos líderes portugueses. Para dar resposta a esta realidade, sugere, deve ser criada uma certificação de qualidade para destacar a “Liderança” nas empresas e promover as boas práticas nas organizações. Devemos “estimular a formação dentro e fora das organizações com ligação à academia”, acrescentou.

Decorre hoje no Museu do Oriente em Lisboa, a 21.ª Conferência Executive Digest com o tema “Desafios e Oportunidades – na Economia Pós-Covid”. Neste evento, 12 presidentes, CEOs e gestores subirão a palco para traçar possíveis caminhos para o futuro dos negócios e da economia em Portugal.

Ler Mais