Este é o melhor momento para comprar ações na Ásia, defende responsável do JPMorgan

Este é o melhor momento para investir em ações asiáticas, já que a Ásia é o único mercado com uma tendência inversa à dos mercados europeu e norte-americano. Quem o defende é um dos responsáveis de estratégia do JPMorgan. Mixo Das, estratega do banco para os mercados asiáticos, disse que os EUA têm atingido níveis recordes, enquanto a Europa e o Japão a aproximar-se de máximos históricos, ao contrário da Ásia.

“Desde as subidas de fevereiro, as ações asiáticas estão agora um pouco mais em queda e, com o que observarmos, os números dizem que agora é provavelmente o melhor momento para assumir riscos na Ásia”, disse à ‘CNBC’.

O estratega disse ainda que a situação dos investidores na Ásia é atualmente “muito, muito tranquila”, já que as avaliações caíram para níveis normais. Se o impulso macroeconómico na região começar a estabilizar, as ações da Ásia podem vir a subir bastante, acrescentou. O estratega adiantou ainda que no segundo trimestre os lucros nas empresas asiáticas podem aumentar 60 a 70% em relação ao ano anterior.

Covid e efeito da vacinação

Algumas regiões da Ásia, como a Coreia do Sul, Indonésia e Malásia estão ainda a lutar contra um aumento de infeções por Covid-19. A disseminação da variante Delta, mais transmissível, e as taxas de vacinação relativamente baixas na Ásia podem pesar sobre as ações que beneficiaram com a abertura da economia, defendeu ainda o responsável do JPMorgan.

O JPMorgan prefere ações mais sensíveis a alterações nas taxas de juros, como as dos bancos.

Tecnológicas da China valem a pena?

Sobre as oportunidades na China, Das disse que as ações de empresas de tecnologia ainda são um investimento para investidores com planos a longo prazo. As empresas chinesas de tecnologia ainda têm perspetivas de crescimento, explicou, mas o ritmo de crescimento pode desacelerar devido ao regime de regulação rígido de Pequim.

As ações de grandes empresas chinesas de internet, como a Tencent e a Alibaba, foram afetadas quando Pequim passou a ter mais controlo sobre o uso de dados e políticas fiscais mais apertadas.

Por isso, as ações destas empresas estão “ridiculamente” baixas, como explica o estratega, comparando com tecnológicas do resto do mundo. “Estamos a verificar interesse de investidores pacientes que pensam a longo prazo e que começam a olhar para estas empresas, acreditando que a história vai evoluir em cinco, 10, 15 anos”, explicou.

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