A importância da distribuição de risco nas empresas

Os acontecimentos e as noticias atuais revelam um ano de 2020 que ninguém podia antever. Segundo um estudo do Banco de Portugal, no segundo trimestre de 2020, 74% das empresas reportaram queda no volume de negócio e segundo a COSEC, até ao final do ano, está previsto o aumento de 30% das insolvências.

As empresas lutam por manter as suas pessoas e a sua estrutura organizacional, recorrendo aos apoios estatais e esperando por dias melhores. Estes apoios são importantes, mas receio que para algumas empresas, seja apenas o adiar de uma dura realidade.

A retoma dos negócios e a reposição dos volumes de vendas são imprescindíveis para a manutenção dos postos de trabalho e sobrevivência de muitas empresas.

No entanto, é importante resistir aos negócios que destroem valor. A pressão de voltar às vendas não pode colocar em causa a viabilidade da empresa e o que deve ser o crescimento sustentável do negócio.

Analisar de forma prudente os negócios que pretende formalizar e diversificar a sua carteira de clientes são estratégias para mitigar eventuais incobráveis. Recorrer a diferentes fontes de liquidez através da exploração dos vários produtos financeiros existentes no mercado, do aumento das suas linhas de crédito e/ou renegociação das condições dos financiamentos a decorrer são algumas opções para garantir o fundo de maneio necessário para suportar o crescimento e acautelar imprevistos.

Lentamente, os negócios começam a abrir e algumas notícias positivas animam os nossos dias e aumentam a confiança para o futuro. O acordo ao quadro financeiro plurianual para os fundos europeus é um importante passo para a retoma económica e a aplicação correta dos mesmos ajudará ao desenvolvimento das nossas empresas.

Garantir os investimentos necessários para aumentar a competitividade da empresa não pode ficar esquecido, mas as fontes de financiamento a fundo perdido ou a custo reduzido não podem ser motivo para a escolha dos projetos a realizar. A empresa deve planear o seu futuro, escolher os investimentos de forma estratégica e focar nos projetos com maior retorno económico, que promovem a eficiência e competitividade do negócio.

A monitorização da evolução do negócio e a implementação de medidas de distribuição de risco são essenciais para um crescimento sustentável.

Proteja os seus negócios e o futuro da sua empresa!

Humberto Torres, Head of Risk da GRENKE

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