Randstad Insight: O mercado de trabalho português em 50 destaques
A população activa aumentou em três mil pessoas durante o Q2 de 2024, situando-se nos 5,43 milhões.
33,4% das pessoas activas têm o ensino superior, um ponto acima daquelas com ensino secundário e pós-secundário. A sua taxa de actividade é a mais alta, e chega aos 83,5%.
O número de pessoas empregadas aumentou em 40,5 mil pessoas no Q2 de 2024, ultrapassando assim os 5,1 milhões de profissionais, o seu maior valor histórico. A taxa de emprego total situou-se em 56,3%.
4,35 milhões de profissionais são assalariados, dos quais 84% têm contrato sem termo.
O emprego nas administrações públicas aumentou em 3831 pessoas (+0,5%) num ano e, no Q2 de 2024, alcançou os 749 678 profissionais.
No último trimestre houve um aumento de 632 pessoas (+0,1%).
34,2% dos profissionais possuem o ensino superior e a sua taxa de emprego é de 80,2%.
A taxa de emprego dos profissionais com estudos secundários e pós-secundários está 10,7 pontos abaixo.
Dos 332 mil desempregados, 44,2% estão à procura de emprego há mais de um ano, proporção que diminuiu 2,2 p.p. no último ano.
O desemprego diminuiu em 37,6 mil pessoas no Q1 de 2024.
O número de pessoas em regime de teletrabalho aumentou no Q2 em 41,9 mil pessoas, superando o milhão de pessoas (21% do total de empregados).
Apenas a Península de Setúbal e Lisboa estão acima da média nacional.
O valor médio das remunerações foi de 1 456,78€ em Maio de 2024, com um aumento mensal de 1,2%.
Lisboa apresenta o maior valor com 1 726,32€.
Desde Janeiro de 2023, a constituição de empresas tornou-se maior que a dissolução, continuando com a tendência seguida desde 2022.
No mês de Junho dissolveram-se 841 e constituíram-se 3598 entidades. 35,2% de todas as pessoas empregadas em Portugal têm um baixo nível de qualificação (no máximo têm o ensino secundário obrigatório).
Esta proporção duplica a média da UE. Inquérito ao emprego Q2 de 2024.
Actividade
A população activa aumentou em três mil pessoas durante o segundo trimestre de 2024, situando-se nos 5,43 milhões. Em relação ao período homólogo, a população activa aumentou 1,0%, atingindo o seu máximo valor histórico.
A taxa de actividade diminuiu em -0,1 p.p. no Q2 de 2024, alcançando os 60,0%. A diferença entre a taxa dos homens (64,0%) e a das mulheres (56,4%) aumentou em 0,4 p.p.
População activa por sexo (2024Q2)
(milhares de pessoas. % de todos os activos)
A taxa de actividade que mais cresceu desde o ano 2012 foi a dos 55 aos 64 anos. A maior taxa, 93,2%, é a da população com idade entre 35 e 44 anos.
População activa por idade (2024Q2)
(milhares de pessoas. % de todos os activos)
33,4% das pessoas activas têm o ensino superior, um ponto acima daquelas com ensino secundário e pós-secundário. Além disso, a sua taxa de actividade é a mais alta, e chega aos 83,5%.
População activa por nível de estudos (2024Q2)
(milhares de pessoas. % de todos os activos)
No Q2, a diferença entre as regiões com maior e menor taxa de actividade aumentou para 6,8 p.p. A região com mais activos é a do Norte, com 1,88 milhões de pessoas.
Emprego
O número de pessoas empregadas aumentou em 40,5 mil pessoas no 2.° trimestre de 2024, ultrapassando os 5,1 milhões de profissionais, atingindo o seu maior valor histórico.
Evolução da população empregada
(variação trimensal absoluta e % de variação anual)
A taxa de emprego total situou-se em 56,3%. A diferença entre o número de homens e mulheres empregados foi de 80,7 mil pessoas, sendo maior que no trimestre anterior. A diferença entre as suas taxas foi de 7,5 p.p.
População empregada por sexo (2024Q2)
(milhares de pessoas. % de todos os empregados)
24,8% dos profissionais têm menos de 35 anos, enquanto que 24,3% têm mais de 55 anos. A maior taxa de emprego é medida na faixa etária entre os 35 e 44 anos (88,9%).
População emprego por idade (2024Q2)
(milhares de pessoas. % de todos os activos)
34,2% dos profissionais têm o ensino superior completo e a sua taxa de emprego é de 80,2%. A taxa de emprego dos profissionais com estudos secundários e pós-secundários está 10,7 pontos abaixo.
População empregada por nível de estudos (2024Q2)
(milhares de pessoas. % de todos os empregados)
4,35 milhões de pessoas trabalham por conta de outrem, das quais 84% têm contrato sem termo. A taxa de emprego temporário situa-se no 16%, 1,8 p.p. a menos do que a registada há um ano.
Trabalhadores por conta de outrem, por tipo de contrato (2024Q2)
(milhares de pessoas. % de trabalhadores por conta de outrem)
Dos 4,35 milhões de profissionais ao serviço de terceiros, 6,7% trabalham a tempo parcial, proporção que reflecte uma tendência decrescente desde 2011. No Q2 esta taxa diminuiu 0,1 p.p.
Empregados por conta de outrem, por duração de trabalho (2024Q2) (milhares de pessoas. % de trabalhadores por conta de outrem)
1,37 milhões de profissionais têm antiguidade superior a 20 anos, o que equivale a 26,8% do total de empregados. Esta proporção aumentou em 0,1 p.p. no último trimestre.
População empregada, por antiguidade no emprego (2024Q2)
(% do total de empregados)
A diferença entre a região com a taxa de emprego mais baixa (Península de Setúbal: 53,7%) e a mais alta (Grande Lisboa: 59,8%) é de 6,8 pontos. A região com mais profissionais é a do Norte (1,76 milhões).
População empregada por região (2024Q2)
(milhares de pessoas. % de todos os activos no País)
Os especialistas das actividades intelectuais e científicas, com 1,18 milhões de profissionais, são o maior grupo profissional, equivalente a 22,3% de todos os empregados do País.
População empregada, por profissão (2024Q2)
(milhares de pessoas)
A indústria transformadora gera 16,6% do emprego do País. O comércio é a segunda actividade com mais profissionais, 14,6%. Nos serviços, os sectores da educação e da saúde empregam 18,2% do total de profissionais.
Desemprego
A população desempregada diminuiu em 37 600 pessoas no Q2 de 2024, o que levou o número de desempregados para 332 000 pessoas. Na comparação com o 2.° trimestre de 2023, houve um aumento de 0,8%.
Evolução da população desempregada
(variação trimestral e % de variação anual)
A taxa de desemprego decresceu 0,7 p.p. para 6,1%. Diminuiu para os homens em 0,5 p.p. (5,7%) e em 1 p.p. (6,5%) para as mulheres. A diferença entre as duas foi de 0,8 p.p.
População desempregada por sexo (2024Q2)
(milhares de pessoas. % de todos os desempregados)
A taxa de desemprego dos mais jovens diminuiu um ponto no 2.° trimestre, para 22%, sendo ainda quatro vezes superior à média do desemprego total do País (6,1%).
População desempregada por idade (2024Q2)
(milhares de pessoas. % de todos os desempregados)
58,6% dos desempregados não possuem ensino médio ou superior, o que dificulta a saída do desemprego. O desemprego aumentou em quase todos os grupos de escolaridade, excepto no 2° ciclo do ensino básico.
População desempregada por nível de estudos (2024Q2)
(milhares de pessoas. % de todos os desempregados)
146,8 mil desempregados, 44,2% do total, estão à procura de emprego há mais de um ano, proporção que diminuiu 2,2 p.p. no último ano.
População desempregada, por duração da procura de emprego
(milhares de pessoas)
Algarve (5,0%), Centro (5,2%) e Alentejo (5,2%) são as regiões com menor taxa de desemprego. A Península de Setúbal tem a taxa mais alta (8%), mas o Norte apresenta o maior número de desempregados (119 mil).
Teletrabalho
O número de pessoas em regime de teletrabalho aumentou no Q2 em 41,9 mil pessoas, superando o milhão pessoas (21 % do total de empregados). Apenas a Península de Setúbal e Lisboa estão acima da média nacional.
População empregada que trabalhava em casa, total ou parcialmente, por região (2024Q2)
(milhares de pessoas)
23,1% das pessoas em teletrabalho trabalha sempre em casa, menor percentagem do que aqueles que trabalham em modelo híbrido, 37,7%. O teletrabalho é mais frequente para profissionais com qualificações elevadas e em idades intermédias.
Emprego público
O emprego nas administrações públicas aumentou em 3831 pessoas (+0,5%) num ano e, no Q2 de 2024, alcançou os 749 678 profissionais. No último trimestre houve um aumento de 632 pessoas (+0,1%).
Evolução emprego público e variação (2024Q2)
(pessoas. % variação interanual)
74,7% (559 976 pessoas) dos profissionais das administrações públicas está na administração central e, a nível de localização, 92,5% (693 544) está no continente.
Emprego nas administrações públicas, por NUTS I
(pessoas. % sobre emprego público) 2024Q2
O maior grupo nas administrações públicas em Portugal é o de assistente operacional/operário/auxiliar, com 169 633 profissionais (22,6% do emprego público) e 37,2% actuam na área da saúde e educação.
Artigo publicado na Revista Executive Digest n.º 222 de Setembro de 2024