Tomar decisões

Por André Marques da Silva, CEO da GMS Store

A minha vida profissional tem sido feita de desafios e sobretudo momentos em que fui chamado a tomar decisões. Algumas revelaram-se acertadas e outras serviram de lições para o futuro. É um caminho percorrido por muitos, mas que recordo aqui por uma simples razão: as eleições de 10 de março e o surpreendente número de indecisos.

É redundante analisar as razões desse número, existem muitas e certamente justas. Esse não é o desafio que lanço aos meus compatriotas, empresários, trabalhadores, sobretudo contribuintes, talvez muitos deles com dificuldades em decidir o seu voto.

Tomar uma decisão na base da incerteza não é para fracos de coração. É para quem, na incerteza, considera que a sua liberdade de decisão deve revelar-se num ato de coragem cívica, na afirmação da sua – e apenas a sua – vontade, ambição e esperança para o país.

É também um ato de responsabilização porque cada um de nós é o decisor final dos destinos de Portugal. Foi-nos dada uma voz que, no futuro, implica responsabilizar e pedir contas a quem escolhemos para depositar a nossa confiança. Não permitam que outros decidam no vosso lugar. Deixariam que isso acontecesse nas vossas casas? Nas vossas famílias? Nas vossas empresas? No vosso trabalho?

Muitas vezes tive de tomar decisões num ambiente de risco e incerteza, mas de olhos abertos e ciente de que era a mim que cabia tal responsabilidade, uma decisão intransmissível e responsabilizadora.

O governo que sair destas eleições e os grupos parlamentares correspondentes existem para uma só coisa fundamental: cumprir a decisão que cada um de nós tomar. São e devem ser os primeiros servidores da nossa vontade individual e coletiva. O seu poder emana daí e deve ser visto por cada um dos eleitores como um mandato, uma indicação clara de ação.

Percebo a indecisão, não sou imune a ela, mas tal como existem prazos e metas a atingir nas empresas, no dia 10 temos de cumprir a nossa parte neste negócio que a democracia: votar. Nesse dia não contam diferenças nem hierarquias – na urna seremos todos iguais e todos últimos decisores dos destinos de um país que é nosso.

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