Construção, PRR e o salto digital

Por Pedro Santos, Product Specialist da Anturio

A construção é um sector que continua a bater recordes de ano para ano, e que está de mãos dadas com o enorme boom imobiliário que existe na Europa e em todo o mundo.

É consensual que o setor da construção em Portugal é um segmento em franco crescimento. Há uma procura incessante nas construtoras, o que conduz a grandes necessidades de reorganização dos processos de controlo da informação e dos recursos das empresas deste sector.

É previsível que, como no passado, o PRR tenha grande influência direta na construção civil. Vários projetos de todas as dimensões serão executados em todo o território nacional, com impacto muito positivo na economia.

Uma onda que pode também ajudar estas empresas, de forma decisiva, na sua própria transformação digital. Para isso, é essencial que efetuem o levantamento das suas necessidades e façam uma consulta ao mercado, de modo a obterem toda a documentação atualizada para estas candidaturas.

O cenário de muitas construtoras portuguesas na gestão das suas obras é ainda muito básico. Assenta num trabalho administrativo pesado, onde se gastam muitas horas diariamente em tarefas manuais, repetitivas.

Existe ainda imensa duplicação do trabalho e o resultado é uma gestão deficitária, onde os números reais não estão disponíveis em tempo útil para decidir. Daí que o investimento mais importante e inteligente passe por soluções específicas para gestão de obras.

Num mercado com tanta dinâmica, a capacidade de resposta é fundamental. Os clientes querem orçamentos e informações rápidas. A digitalização assente em software simplifica os processos e diminui os tempos de resposta, tornando as construtoras mais ágeis e competitivas.

Quando fazemos orçamentos com mais rigor e temos um controlo objetivo dos custos de cada obra estamos a gerir tudo de forma mais científica. Isto reflete-se de forma natural no aumento das margens globais e da receita. Assim, a boa gestão é ter mais rendimento.

A mudança dos processos diários não acontece por magia, é preciso tempo para alterar as “formas de fazer”, que já estão cristalizadas nas equipas. Alterar isto é, em si, um processo e, por vezes, há falta de tempo para mudar nestas equipas, onde a carga de trabalho é grande.

O segredo é ouvir. E, em conjunto com os diferentes departamentos, criar um compromisso que envolva todos os recursos humanos da sua organização. Só desta forma se poderá avançar sem recuos rumo à transformação digital que é essencial à modernização do setor.

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