Vaticano quer “democratizar a arte” com galeria de NFT em Realidade Virtual
A organização não-governamental Humanity 2.0 e a start-up de realidade virtual Sensorium aliaram-se para desenvolver a primeira galeria de arte de NFT em Realidade Virtual com obras, manuscritos e outros artigos em exposição no museu do Vaticano.
A Humanity 2.0, que integra o Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, criado pelo Papa Francisco, avança em comunicado que o objetivo da parceria público-privada é “permitir o desenvolvimento de uma galeria de NFT acessível em Realidade Virtual e desktop, apresentando célebres obras de arte da coleção do Vaticano”.
O Padre Philip Larry, presidente da ONG, que se pretende “explorar novas formas de democratizar a arte, fazendo com que esteja mais amplamente acessível às pessoas em todo o mundo, independentemente das suas limitações socioeconómicas e geográficas”.
O Vaticano conta atualmente com mais de 800 obras de arte de 250 artistas internacionais, como Miguel Ângelo, Rafael, Dalí, Gauguin, Kandinsky, van Gogh e Picasso, entre muitos outros.
A galeria de arte virtual deverá ser lançada até ao final de 2022, e poderá ser visitada através de óculos de realidade virtual, de computador ou da app Sensorium Galaxy, atualmente em versão beta.
A ‘Executive Digest’ já havia noticiado que o fenómeno dos NFT está a revolucionar o mundo da arte, com várias dessas “representações digitais” a serem arrebatadas em leilões por milhões de euros. No entanto, o mercado dos NFT tem registado quebras nos últimos tempos, com uma queda estimada de 40% no primeiro trimestre de 2022. Tal como nos contou o analista Henrique Tomé, da corretora XTB, “o mercado dos NFTs é extremamente especulativo e volátil, mais volátil do que as próprias criptomoedas”, e as descidas sentidas estão relacionadas com a inflação e as perturbações geradas pela guerra na Ucrânia.