Varíola dos macacos: Reino Unido recomenda oferta de vacinas a “homens gays e bissexuais com maior risco de exposição”
Esta terça-feira, a Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido afirmou que “embora qualquer um possa contrair varíola dos macacos, dados do mais recente surto mostram maiores níveis de transmissão entre – mas não exclusivamente – redes sexuais de homens gays, bissexuais e outros homens que têm sexo com homens”.
Em comunicado, o órgão esclarece que “o vírus ainda não está definido como uma infeção sexualmente transmitida, mas pode ser passada por contacto próximo e íntimo que ocorre durante o sexo”. Por isso, a estratégia de vacinação da agência de saúde britânica “recomenda oferecer a vacina da varíola Imvanex, que demonstrou ser eficaz contra a varíola dos macacos, a homens considerados como tendo um maior risco de exposição”.
A elegibilidade dos potenciais candidatos a vacinação estará dependente de um conjunto de fatores, “mas serão semelhantes aos critérios usados para avaliar aqueles que são elegíveis para profilaxia pré-exposição ao HIV”, o chamado tratamento PrEP.
O regulador britânico explica que um médico poderá aconselhar a vacinação de alguém que “tenha múltiplos parceiros, participe em sexo em grupo” ou frequente recintos dedicados à prática sexual, como saunas.
O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido deverá, “a breve trecho”, publicar os critérios de elegibilidade para a vacinação, mas não é adiantado um período temporal mais específico.