Varíola dos macacos: De Uber, autocarro (e não só) saiba como se proteger nos transportes públicos

Numa altura em que já há mais de 16 mil casos de varíola dos macacos (Monkeypox) em todo o mundo e 633 em Portugal, importa estar informado sobre as formas de proteção contra a doença.

Os transportes, sejam eles públicos ou privados, são um dos meios mais eficazes para a propagação de vírus e doenças e, por isso, é sempre bom saber como nos podemos proteger nestes locais.

Segundo duas especialistas brasileiras, citadas pelo site ‘UOL’, a primeira medida de prevenção nos transportes públicos é a mesma que se aplica a outras situações: evitar o contato pele a pele.

“A forma de contágio mais comum é o toque em pessoas infetadas. Se fizer uma viagem prolongada e tiver contato com alguém com o vírus, será muito arriscado”, explica Raquel Stucchi, professora da Unicamp.

Segundo a responsável, “se eu tiver uma lesão e me encostar em outro indivíduo, será um risco muito grande. É necessário reforçar que mais de metade das pessoas com o diagnóstico não tiveram febre ou dor”.

Por vezes, sublinha, a doença passa despercebida, o que dificulta a descoberta e prevenção do contato. “Pode parecer um pelo encravado, uma espinha, sendo que essa pessoa pode não estar atenta a isso. Se tiver o risco de contato pele com pele, pelo menos tente proteger-se usando manga comprida, ou calças”, acrescenta ao ‘UOL’.

“Há ambientes em que a contaminação é mais descontrolada, seja Uber, táxi ou autocarro. Por isso, tente sempre não deixar áreas do corpo expostas. Não se sente com calções. Ainda não há estudos sobre o quanto o tecido protege, não temos essa informação. Mas quanto menos contato com a pele, melhor”, complementa Camila Malta Romano, investigadora do Laboratório de Virologia do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

Para além disso, outras recomendações passam por usar máscara, bem como, no caso de viagens de carro, limpar o veículo com detergentes e álcool gel, uma vez que as secreções podem ficar em superfícies, o que se agrava quando o mesmo aconteça em superfícies porosas.

“Quando existe uma quantidade grande de fluido que molha o estofo, é importante remover de uma maneira mais profunda e não só passar um pano. As superfícies não porosas podem ser limpas como desinfetantes de amónio ou sódio”, esclarece ao site Camila Malta Romano.

Da mesma forma, ter cuidado com as áreas de contato do carro é fundamental. Podem ser maçanetas, botões dos vidros elétricos (ou manivelas) e bancos, tudo pode ter vestígios da contaminação, até porque, pessoas infetadas podem ter entrado no carro, sem saber.

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