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As empresas têm agora uma solução para combater a corrupção e a fuga aos impostos: a plataforma MAGNO chegou para dar resposta a uma necessidade de cumprimento legal que, até agora, não tinha qualquer solução no mercado nacional.
Criada pela tecnológica portuguesa PEPData, permite fazer a identificação e registo de clientes, bem como a avaliação do risco das transação que realizam, as quais, no estabelecimento de uma relação de negócios ou se efetue uma ou várias transações relacionadas entre si, sempre que superiores a mil euros, têm de ser registadas, independentemente do meio de pagamento.
Caso contrário, a legislação prevê contraordenações, sanções ou coimas que podem atingir os 5 milhões de euros, interdição de atividade e prisão.
Em declarações à Executive Digest, o CEO da empresa, Filipe Cruz, explica porque foi criada esta solução que permite cumprir a lei do Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo. A MAGNO começou a ser pensada há um ano e ganhou força para chegar à reta final no seio da pandemia. Mesmo a tempo de desempenhar um papel importante na concretização da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção 2020-2024, ainda em discussão pública.
O que vos levou à criação desta plataforma?
A PEPData é uma empresa portuguesa que desenvolve tecnologia para o cumprimento das leis. Depois de termos construído a lista PEP (Pessoas Politicamente Expostas) mais completa de Portugal – um elemento fundamental para cumprir a Lei de Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo -, percebemos que, na sua grande maioria, as pessoas tinham imensa dificuldade em cumprir, na totalidade, esta lei devido aos processos morosos e burocráticos que ela compreende. Nesse sentido, demos um passo em frente e criámos uma plataforma prática e intuitiva que permite a todos aqueles que a utilizam cumprir os deveres perante a lei e, desta forma, contribuir para o combate à corrupção.
Porque foi lançada agora?
Neste momento, está em discussão pública a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção 2020-2024 e fizemos um esforço enorme para que o lançamento da MAGNO coincidisse com este período, pois acreditamos que a nossa solução é uma ferramenta imprescindível para ajudar todas as empresas na prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, contribuindo, assim, para uma sociedade mais igualitária.
A pandemia impulsionou ou ‘atrapalhou’ este lançamento?
A pandemia impactou, e continua a impactar, a atividade de todas as empresas. No entanto, em novembro do ano passado, tomámos uma medida de gestão que passou pela desmaterialização do nosso escritório, permitindo que todas as pessoas que colaboram connosco trabalhassem a partir de casa, direcionando os montantes poupados com esta economia interna em investimento em recursos humanos. Desta forma, e em plena pandemia, percebemos que podíamos acelerar o desenvolvimento da MAGNO, uma ideia que começámos a maturar há mais de um ano e que agora vê a luz do dia.
Em termos práticos que mais-valias traz às empresas?
A Magno vai apoiar as empresas na transformação digital através da desburocratização dos processos administrativos obrigatórios e permitir que tenham acesso a uma solução que, até agora, era exclusiva do setor bancário devido aos custos elevados de aquisição e à especialização das suas obrigações. Ou seja, apresentamos uma solução que se estende todos os setores económicos.
Aliando tecnologia de robotização, inteligência artificial e uma equipa especializada na identificação e carregamento de informação, a MAGNO permite uma redução considerável em custos com pessoal dedicado e com conhecimento específico. Mas, acima de tudo, facilita o cumprimento da legislação, evitando que as empresas incorram em contraordenações, sanções e coimas elevadas, sem esquecer os não menos onerosos prejuízos de reputação.