UE vai assinar contrato com Pfizer para garantir até 300 milhões de doses da vacina
A União Europeia (UE) está prestes a assinar um contrato até 300 milhões de doses da vacina contra a covid-19 que está a ser desenvolvida pela Pfizer em conjunto com a BioNTech, escreveu a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, esta segunda-feira no Twitter.
O anúncio foi feito horas depois de as duas empresas terem informado que a sua vacina experimental tinha uma eficácia superior a 90%, o que poderia representar uma grande ‘vitória’ no combate à pandemia.
A Comissão Europeia, que está a negociar com fabricantes de vacinas em nome dos Estados-membros da UE, disse em setembro ter concluído conversações exploratórias com a gigante farmacêutica americana Pfizer e o seu parceiro alemão BioNTech sobre o fornecimento de 200 milhões de doses da potencial vacina.
“Segundo as minhas informações, o respetivo contrato está prestes a ser assinado”, disse Peter Liese, o legislador da UE que lidera os assuntos de saúde do maior grupo do Parlamento Europeu. “Há um acordo de que os europeus receberão centenas de milhões de vacinas”, acrescentou Peter Liese numa declaração por e-mail citada pela agência Reuters.
A informação foi depois confirmada por von der Leyen, que escreveu no Twitter: “Excelentes notícias da Pfizer & BioNTech sobre os resultados bem sucedidos do seu último ensaio clínico para uma vacina contra a covid-19. A ciência europeia funciona. A Comissão Europeia vai assinar contrato com eles em breve até 300 milhões de doses. Vamos continuar a proteger-nos uns aos outros entretanto”, lê-se no tweet.
Great news from @pfizer & @BioNTech_Group on the successful results of their latest clinical trial for a #COVID19 vaccine. European science works!@EU_Commission to sign contract with them soon for up to 300 million doses.
Let's keep protecting each other in the meantime.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) November 9, 2020
Esta sexta-feira, a vacina da farmacêutica Pfizer mostrou ser 90% eficaz no combate à covid-19, de acordo com os primeiros resultados provisórios de testes em larga escala. Pode ser um grande passo para que uma vacina seja finalmente aprovada, uma vez que os ensaios realizados mostraram um desempenho muito superior face aos restantes candidatos. Os reguladores já afirmaram várias vezes que bastaria que a eficácia fosse de 50% para obter uma aprovação.
Além da Pfizer, a União Europeia já assinou acordos de fornecimento com a AstraZeneca, Sanofi e Johnson & Johnson para as suas potenciais vacinas contra o novo coronavírus.