Ucrânia pode perder a guerra até ao final de 2024 se não houver mais ajuda dos EUA, alerta CIA

A CIA alertou que a Ucrânia pode perder a guerra até ao final de 2024 se não houver mais financiamento dos Estados Unidos. “Com o impulso que viria da assistência militar, tanto prática como psicologicamente, os ucranianos são inteiramente capazes de se manterem firmes até 2024 e de destruir a visão arrogante de Putin de que o tempo está do seu lado”, revelou William Burns, esta quinta-feira, durante um evento no Centro Presidencial George W. Bush.

Segundo Burns, “há uma enorme quantia em jogo” não só para a Ucrânia, mas também para a segurança europeia em geral e a dos aliados dos Estados Unidos no Indo-Pacífico. “Sem assistência suplementar, este quadro é muito mais terrível e há um risco muito real de que os ucranianos possam perder no campo de batalha até ao final de 2024. Ou pelo menos colocar Putin numa posição em que ele possa essencialmente ditar os termos de um acordo político”.

Os alertas não chegaram apenas da CIA: também na Administração Biden têm surgido indicação de que Kiev enfrenta um futuro sombrio sem mais ajuda dos Estados Unidos, embora não tenham estabelecido uma linha do tempo para uma possível derrota ucraniana.

Questionado pelos comentários do diretor da CIA, o major-general Pat Ryder, secretário de imprensa do Pentágono, indicou que os EUA estavam focados em obter a assistência de que a Ucrânia necessita. “O nosso foco neste momento é garantir que possamos dar à Ucrânia a assistência de que precisa”, salientou. “Os ucranianos demonstraram a sua resiliência e a sua coragem sob fogo. Não temos motivos para pensar que isso vai mudar. Mas também entendemos a terrível situação que existe neste momento.”

Na Câmara dos Representantes, o presidente Mike Johnson, dos republicanos, revelou esta semana uma série de projetos de lei de ajuda externa que incluiriam financiamento para a Ucrânia, Israel, aliados no Indo-Pacífico e outras prioridades de segurança nacional.

O Congresso não aprova um pacote de ajuda à Ucrânia desde o final de 2022, e todos os fundos disponíveis esgotaram-se no final de 2023, deixando Kiev numa posição perigosa com o esgotamento das defesas aéreas e da artilharia, ambas cruciais na guerra.

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