Ucrânia negoceia com fabricantes de armas ocidentais para reforçar produção interna. Ministro anuncia contratos “nos próximos meses”

O governo ucraniano está em negociações com vários fabricantes de armas ocidentais, tendo em vista estabelecer contratos que permitam o reforço de armamento, incluindo drones, das Forças armadas ucranianas, mas também para que aumente a produção ucraniana destes equipamentos militares.

Segundo Sergiy Boyev, vice-ministro das Indústrias Estratégicas a Ucrânia, Kiev está em conversações com fabricantes de armamento na Alemanha, Itália, França e leste da Europa para que estes produzam armas em território ucraniano.

“Estamos a ter discussões detalhadas com estes países. E estamos certos de que teremos os contratos de acordo assinados já nos próximos meses”, adiantou o governante em entrevista à Reuters.

Desde que começou a invasão da Rússia à Ucrânia, Kiev tem tido dificuldades em garantir armamento, sejam munições, lança-rockets, mísseis ou tanques que lhe permita continuar a resistir ao invasor, tendo regularmente recebido apoios da UE, EUA, Alemanha ou Reino Unido.

Em maio, o Presidente Zelensky anunciou estar em negociações com o Ministério da Defesa do Reino Unido para que fosse instalada na Ucrânia uma base de reparação de armas. Também a alemã Rheinmetall anunciou no mês passado uma parceria com a Ukroboronprom para reparar tanques na Ucrânia, com as operações a começarem já em julho.

A par destas ajudas, é estratégico para a Ucrânia garantir que a produção de armas dentro do país aumenta.

“Futuros travões à invasão vão depender de uma indústria de defesa forte na Ucrânia, e Forças Armadas robustas. É por isso que consideramos que a vinda de parceiros internacionais para a Ucrânia, para instalarem a produção e integrarem parte da estrutura de segurança ucraniana é tão essencial”, termina Boyev.

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