Trabalhadores da Transtejo arrancam hoje com 11 dias de greve que podem causar “perturbações nos serviços”

Os trabalhadores da Transtejo realizam, a partir desta segunda-feira, 8 de agosto, e até ao próximo dia 19, uma greve, que causará “perturbações nos serviços” e na circulação de barcos, que ligam Lisboa à margem Sul do Tejo.

Num comunicado divulgado na página da empresa, a Transtejo explica que “por motivo de greve parcial e greve ao trabalho suplementar, convocadas por organizações sindicais representativas dos trabalhadores da Transtejo”, prevê-se, apenas, a realização de algumas carreiras em determinados períodos.

Em causa estão medidas que deverão afetar tanto a ligação entre Cacilhas e Cais do Sodré como a travessia entre a Trafaria, Porto Brandão e Belém, as duas que a empresa costuma realizar.

Assim, no caso da ligação de Cacilhas, as carreiras suprimidas vão concentrar-se sobretudo horas de ponta e da última travessia da madrugada. Pode consultar aqui todas as travessias e perturbações previstas, pelo menos até 12 de agosto. De 12 a 19 a empresa divulgará mais tarde.

Por outro lado, na ligação entre a Trafaria, Porto Brandão e Belém, prevê-se a realização de apenas duas carreiras diárias por sentido entre os dias 8 e 12 de agosto. Mais tarde também serão divulgados os restantes constrangimentos. Pode consultar aqui toda a informação relativa a esta ligação.

Recorde-se que em julho, os trabalhadores da Transtejo realizaram um ciclo de greves, de três horas por turno de serviço, durante cinco dias.

De acordo com a Fectrans, sindicato responsável pelas greves, os trabalhadores exigem o aumento dos salários e medidas que combatam a degradação do serviço público, devido à falta de trabalhadores e ao envelhecimento da frota, revela a Lusa.

Atualmente, adianta a estrutura sindical, a Transtejo já tem navios novos (do concurso de navios elétricos), mas por falta de baterias estão imobilizados.

Por outro lado, por falta de trabalhadores “há recurso a imensas horas extraordinárias, havendo trabalhadores com horários de 16 horas por dia”. Desde o início do ano, mais de mil circulações não foram efetuadas.

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