Tensões mundiais “estão a chegar à ebulição”, alerta responsável militar britânico

O chefe das Forças Armadas Britânicas alerta: “As tensões latentes” em todo o mundo “estão a chegar à ebulição”. De acordo com o almirante sir Tony Radakin, chefe do Estado-Maior da Defesa, uma Coreia do Norte “beligerante”, uma China “mais assertiva” e os “ataques bárbaros em Israel” de outubro passado são exemplo de como alguns conflitos inflamaram as hostilidades em todo o mundo.

“Em todo o mundo, as tensões latentes parecem estar a ferver. O mundo está inegavelmente a tornar-se muito mais perigoso. Passou de competitivo a contestado e agora – como vimos no ataque do Irão contra Israel – é cada vez mais combativo.”

O chefe militar condenou a guerra da Rússia na Ucrânia, que disse não dar sinais de terminar, mas insistiu que a Rússia estava a operar numa “trajetória descendente”. Moscovo tornou-se “mais fraca e mais isolada” no cenário mundial

“O que temos visto acontecer nos últimos anos é uma batalha de ideias: entre uma Rússia autoritária e beligerante e uma Ucrânia dinâmica e democrática; entre um Irão imprudente e a sua rede terrorista, por um lado, e as nações responsáveis ​​do Médio Oriente, por outro; entre uma China que acredita que pode dominar e coagir, e aquelas nações que partilham um compromisso com um sistema internacional que seja aberto e livre”, precisa sir Tony Radakin.

De acordo com o responsável britânico, a Rússia tem sido capaz de obter “ganhos táticos modestos”, independentemente do efeito que está a ter na economia nacional da Rússia, bem como do uso de drones iranianos e munições norte-coreanas por Putin na Ucrânia.

Apesar de tais volatilidades, sir Tony insistiu que “a NATO está a intensificar-se”. “Desde a Cimeira do País de Gales de 2014, os gastos com defesa da Europa e do Canadá aumentaram em mais de 600 mil milhões de dólares”, sustenta. “O nosso orçamento de defesa coletiva é três vezes e meia superior ao da Rússia e da China juntas.”

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