TAP: “Vemos com bons olhos a restruturação da malha aérea em Portugal”, diz José Roquette

José Roquette, Chief Development Officer do grupo Pestana esteve esta sexta-feira no Hotel Pestana Palace, para anunciar a inauguração de uma nova unidade em Tanger, Marrocos.

À margem do encontro o empresário foi questionado sobre as perspetivas para 2022, respondendo que “em 2021 trabalhamos apenas cerca de meio ano.  2022 vai ser um ano de clara recuperação”. No que toca à possibilidade da hotelaria bater nos níveis de 2019, o empresário diz que depende “muito de como industria de transporte aéreo vai sair de toda esta situação e portanto não tenhamos ilusões”. Assim o executivo aponta para 2023, 2024 como os anos onde se poderá regressar a estes níveis.

Relativamente à escassez de mão de obra que o setor atravessa, José Roquette afirma que “este é um grande desafio para Portugal, ainda que já tenha sido sentido por outros países”. “Os níveis salariais são um desafio que temos de resolver”, acrescenta o CDO.

Questionado sobre o peso do mercado interno nas receitas do grupo referente a este ano, o empresário reconhece que foi superior em “10% a 15% face ao habitual”, mas frisa que esta foi uma situação única que não se irá repetir.

José Roquette apontou ainda para o futuro, com a construção de um no hotel em Marrocos e outro em França, um país a que o grupo ainda não chegou, em parceria com Cristiano Ronaldo. Este último o CDO revela que estava previsto que abrisse em 2024, “mas vai atrasar”.

Relativamente ao caso da TAP e à possível redução da empresa, José Roquette explica que é uma questão “que nos preocupa porque a TAP tem um papel a desempenhar no nosso país, mas devemos ter a lucidez que esta situação já aconteceu a outras companhias de bandeira em outros países como Itália”, ainda que em Portugal esta situação “tenha contornos políticos mais dramáticos”.

O CDO garante ainda “que não tenhamos dúvida que caso haja redução de ‘slots’ da TAP o mercado será rápido a suprir esta lacuna”.

O executivo lembrou a pressão da companhia, no que toca a entrada de empresas low cost do setor no Porto e na Madeira “e como o turismo no Porto cresceu com a entrada deste tipo de companhias”. “Vemos com bons olhos a restruturação da malha aérea em Portugal”, remata José Roquette.

 

 

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