STOP convoca greve de professores entre 13 e 29 de novembro

O Sindicato de Todos os Professores (STOP) convocou uma greve de duas semanas, de docentes e não docentes, entre 13 e 19 de novembro. O anúncio foi feito este sábado de manhã por André Pestana, líder do STOP, numa conferência de imprensa.

“Será uma greve nacional de 13 a 29 de novembro e obviamente que confiamos, tal como no passado ficou demonstrado, que depois, cada escola, cada agrupamento decida quando e se qual é o momento para encerrar a escola, ou seja, qualquer escola, do Algarve ou do Minho poderá aderir e eventualmente encerrar a escola em qualquer dessas datas”, esclareceu o responsável.

De recordar que, há cerca de um mês, o STOP já tinha convocado uma manifestação nacional de professores para dia 18 de novembro, que vai realizar-se do Ministério da Educação até à Assembleia da República.

André Pestana acusa o Governo de continuar a ignorar as reivindicações dos profissionais da educação. “Nós sabemos que este ano é um ano nevrálgico, temos crescimento económico, temos uma receita fiscal extra de mais de dois mil milhões de euros e, por isso, se não é este ano que se investe a sério nos serviços públicos, em particular na escola pública, quando é que será?” questiona o líder do STOP.

O líder sindical considerou que a atual proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2024 “não investe, efetivamente, na escola pública, nem na dignificação de todos os que lá trabalham e estudam”.

“Queremos alertar os pais e a sociedade em geral que, se nada for feito, o próximo OE irá aprofundar a degradação da escola pública e a qualidade de ensino dos nossos filhos, comprometendo de forma irreversível o seu futuro”, salientou.

Segundo o presidente do STOP, a decisão de avançar com um “novembro de luta”, no mês da discussão do OE, foi tomada na quinta-feira à noite, numa reunião online, por mais de 100 comissões sindicais e de greve.

A greve nacional de 13 a 29 de novembro será organizada através dos fundos de greve, “que são 100% legais, com total autonomia e decisão democrática dos docentes e não docentes de cada estabelecimento”.

O último dia coincide com a data da votação final do OE 2024 na Assembleia da República, para pressionar que o documento “reflita, de facto, as necessidades que a escola pública tem e que não estão refletidas”.

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