Sputnik V: Rússia diz que Ocidente está a tentar “arrebatar” os seus cientistas

O director do Centro Nacional de Investigação Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, Alexander Gintsburg, afirmou que as instituições de investigação ocidentais estão a procurar “atrair” os seus cientistas para trabalharem com eles.

Gintsburg, que dirige o instituto que desenvolveu a vacina russa contra o novo coronavírus que recebeu aprovação regulamentar na semana passada, alegou que as tentativas de atrair cientistas da Rússia para trabalharem na Europa e nos Estados Unidos não tinham funcionado.

“Os nossos investigadores trabalham no Instituto Gamaleya há dez anos… Qualquer universidade americana ou europeia só pode sonhar em ter tais investigadores. E estão a tentar atraí-los. Mas não poderão fazê-lo”, disse ao canal de televisão Rossiya-1 no domingo, informou a agência noticiosa russa Tass.

Gintsburg, um dos principais académicos por trás do desenvolvimento da Sputnik V, não mencionou, no entanto, quaisquer instituições específicas, de acordo com o CNBC.

Recorde-se que a Rússia registou a primeira vacina contra a covid-19, Sputnik V, a 11 de Agosto.

No entanto, a notícia da vacina russa foi recebida com algum cepticismo no Ocidente, uma vez que não completou ainda todos as fases dos ensaios clínicos, pelo que, à partida, não há dados suficientes para comprovar já a sua eficácia e segurança.

A Rússia rejeitou esta e outras críticas. Gintsburg disse ainda que a reacção negativa do Ocidente era previsível.

“Eu chamar-lhe-ia uma reacção negativa natural das empresas ocidentais ao aparecimento de uma produção russa que elas não esperavam”. Portanto, penso que devemos ignorar estas coisas negativas que estão a ser derramadas sobre nós”, disse numa entrevista ao canal russo Rossiya-1.

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