Só 6% das empresas confia na capacidade de resposta a desafios futuros
Um estudo realizado pela Accenture mostra que 88% das empresas tem perfeita noção dos desafios que enfrenta, mas somente 6% confia nas suas capacidades de previsão e resolução face a esses mesmos desafios. O relatório “Business Futures 2021: Signals of Change” revela ainda que este problema poderá ser minimizado através da identificação de alguns dos principais sinais de mudança no mundo – embora tenham sempre de ser adaptados ao contexto e às especificidades de cada organização.
Depois de analisar 400 tendências e de ter ouvido especialistas, académicos e investigadores externos, a Accenture conseguiu criar uma lista de somente 25 mudanças estruturais que estão em curso ou que irão marcar as empresas ao longo dos próximos três anos.
A partir desta lista, foram selecionadas os seis sinais a ter em atenção para garantir o futuro de sucesso das organizações. Segundo a agência noticiosa Europa Press, que dá conta do estudo, o primeiro diz respeito à capacidade de prever a mudança, seja através de inteligência artificial ou estratégias de analytics, por exemplo.
Outro dos sinais é a descentralização das decisões, de forma a dar resposta às novas exigências dos consumidores. No mesmo sentido, as empresas deverão deixar de se focar no seu propósito e caminhar, de facto, em direção ao cumprimento do mesmo: quase metade das empresas abrangidas pela análise considera que conseguir um equilíbrio entre propósito sustentável e interesses comerciais é um dos maiores obstáculos.
O quarto sinal de mudança identificado diz respeito a uma quebra nos limites físicos da execução, criando uma espécie de cadeia de fornecimento ilimitada. De acordo com a Accenture, este é o caminho para dar resposta às expetativas dos clientes.
Redefinição do sentido de realidade e lugar (através da adoção de tecnologias como realidade virtual) e conversão numa organização científica (inovação e ciência serão palavras de ordem) são os outros sinais apontados.
«Está claro que, embora as organizações se tenham visto obrigadas a adaptar-se à transformação acelerada no ano passado, hoje existe um óbvio consenso de que devem mudar proativamente as suas estratégias, repensar a trajetória e aproximar-se do público alvo de forma a adaptarem-se a este novo panorama», sublinha David Cordero, managing director de Strategy & Consulting na Accenture em Espanha e Portugal.