Shein ‘ameaça’ liderança da Inditex no mundo da moda: gigante chinesa online cresceu 60% em 2023

A gigante chinesa de moda online Shein aumentou em 60% as suas vendas em 2023, atingindo um volume de negócios de 36,5 mil milhões de dólares (cerca de 34,06 mil milhões de euros), segundo estimativas do mercado. Com este resultado, não só praticamente igualou a espanhola Inditex como líder de moda – a empresa galega faturou 35.947 milhões de euros no último exercício, mais 10,4% – como também poderá ultrapassá-la em 2024.

A Shein já ultrapassou a sueca H&M e a japonesa Fast Retailing Group, dona da Uniqlo, que fecharam o último ano na terceira e quarta posições do mercado com vendas de 22.237 e 18.855 milhões, respetivamente. A gigantes chinesa – que não vende nada na Ásia, sendo que o seu principal mercado mundial são os Estados Unidos, seguido pela Europa – obteve, segundo dados da consultora alemã ECDB, uma subida nas vendas líquidas no Velho Continente para 8,8 mil milhões de dólares (8,2 mil milhões de euros), o que a coloca no topo do ranking deste mercado, à frente da Inditex e da H&M.

De acordo com a publicação espanhola ‘El Economista’, a empresa, fundada em 2008 por Chris Xu, atingiu um GMV (valor bruto de mercadoria) de 45 mil milhões de dólares (cerca de 42 mil milhões de euros) com um lucro de 2 mil milhões de dólares (cerca de 1.870 milhões de euros).

Com um total de 5 mil fornecedores espalhados pelo mundo, há mais de mil localizados fora do país asiático. Na Turquia, especificamente, já conta com 600 para abastecer o mercado europeu, e no Brasil, de onde distribui para todo o continente americano, mais 500. A empresa explica que o sucesso de seu modelo se baseia na tecnologia digital patenteada da sua cadeia de abastecimento, que oferece dados em tempo real sobre a procura e stock.

“Esta inovação permite uma resposta ágil às mudanças do mercado e aos picos de procura”, afirmaram. Recorde-se que a Shein desenvolveu uma cadeia de abastecimento totalmente digitalizada, que lhe permite monitorizar as vendas e estabelecer comunicação direta com os seus fornecedores para fazer pedidos em pequenos lotes de forma imediata.

“Esta abordagem digital é o coração do modelo de negócios sob procura, permitindo-nos oferecer uma ampla variedade de estilos de moda sem gerar excesso de stock ou prolongar os prazos de entrega”, explicou a empresa.

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