Rússia descobriu as maiores reservas de petróleo do mundo em local “proibido”. Este é o plano que está a deixar o mundo alarmado

Recentemente, a Rússia anunciou a descoberta das maiores reservas de petróleo do mundo na Antártida. Esta revelação, feita pelo navio russo de investigação polar Alexander Karpinsky, não teve impacto imediato nos mercados de petróleo bruto devido ao Tratado da Antártida de 1959, que proíbe qualquer exploração mineral ou económica na região.

Contudo, a presença russa e a magnitude da descoberta geraram preocupações entre outros países signatários do tratado, incluindo o Reino Unido, Argentina e Chile.

A descoberta, que inclui cerca de 511 mil milhões de barris de petróleo, foi divulgada pela agência geológica russa Rosgeo e despertou receios em países que reivindicam partes do território antártico.

Parlamentares britânicos expressaram as suas preocupações de que Moscovo possa tentar explorar economicamente essas reservas, desrespeitando o tratado internacional., revela o ‘elEconomista’.

Especialistas do Instituto Italiano de Assuntos Internacionais (IAI) destacaram que a Rússia tem a presença mais marcante na região do Ártico e mostrou um compromisso contínuo em desenvolvê-la, conforme estratégias e documentos oficiais divulgados por Moscovo. Este compromisso é visto com crescente preocupação, especialmente devido às táticas de “zona cinzenta” que o Kremlin poderia estar a utilizar, misturando propósitos civis e militares nas suas operações.

No contexto geopolítico, o Ministério das Relações Externas do Brasil também está a recolher informações sobre a descoberta, pois envolve áreas reivindicadas pelo Chile, Argentina e Reino Unido. O porta-voz do governo argentino, Manuel Adorni, confirmou que estão a analisar a situação para entender se há práticas além da investigação científica, prometendo medidas adequadas conforme necessário.

A exploração de hidrocarbonetos no Ártico é vital para a economia russa, especialmente após as sanções impostas devido à guerra na Ucrânia. A Rússia depende fortemente das receitas de hidrocarbonetos para manter a sua economia e financiar as suas operações militares.

Controlar os vastos recursos da Antártida poderia transformar drasticamente as reservas de petróleo da Rússia, multiplicando-as em mais de cinco vezes, comparado com as suas reservas atuais de 80 mil milhões de barris.

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