Rita Marques rejeita cargo na The Fladgate Partnership e World of Wine (WoW)

A antiga secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, recusou o cargo de administradora no grupo The Fladgate Partnership e World of Wine (WoW). O anúncio foi feito pela própria na rede social LinkedIn.

Na rede social, a antiga responsável esclarece que foi “já depois de ter cessado as funções que desempenhava enquanto Secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, convidada para assumir as funções de Administradora Executiva numa Sociedade com atividade em diversos setores”, convite esse que “ainda não suscitou a formalização, até hoje, de qualquer compromisso entre as partes”.

Sublinha também que depois de analisar o regime jurídico de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos (Lei n.º 52/2019, de 31 de julho), ficou convicta que “nenhum obstáculo se colocava à assunção daquelas funções”.

Revela que não teve no desempenho das funções como membro do governo “qualquer papel na atribuição de incentivos financeiros ou sistemas de incentivos e benefícios fiscais de natureza contratual a esta Sociedade”, bem como “qualquer intervenção direta em matéria da qual tenha resultado um benefício concreto para aquela Sociedade”. Segundo a própria, limitou-se a “confirmar a utilidade turística a um empreendimento turístico que goza de estatuto de ‘Projeto de Interesse Nacional – PIN'” e cuja utilidade turística tinha sido conferida antes de iniciar funções de Secretária de Estado.

Por fim, refere que nos últimos dias o seu nome tem estado envolvido num “fluxo noticioso” que não se coaduna com os valores que defende. Por considerar que a sua carreira tem sempre sido “pautada pela competência, pelo rigor, por estritos princípios e valores éticos, e pelo cumprimento incondicional da lei”, não tem “condições de aceitar” o cargo em questão, no qual iniciaria funções no dia 16 de janeiro.

Recorda-se que o cargo que Rita Marques ia ocupar era na direção do WOW, que gere as caves da Taylor’s e da Fonseca, o hotel The Yeatman, o Vintage House no Douro, o Hotel da Estrela e o Palacete Chafariz d’El Rei, em Lisboa, bem como o Museu do Vitral, o Ferry no rio Douro e os 20 restaurantes do grupo. A juntar a esta carteira, estava ainda um novo hotel de luxo, que nascerá em Vila Nova de Gaia no final de 2024, e as lojas na baixa portuense, como foi anunciado em comunicado na altura.

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