Revolta na Amazon: 357 funcionários da empresa manifestam-se contra política ambiental

Até agora, a Amazon podia orgulhar-se de não sofrer críticas por parte dos seus funcionários de topo, mas esta segunda-feira 357 funcionários da Amazon, desde engenheiros de software a analistas de negócio, manifestaram-se publicamente contra a política ambiental da empresa. Tal aconteceu, apesar de a gigante tecnológica ter acenado com a demissão por o protocolo de comunicação em vigor estar a ser ignorado, dizem os funcionários.

As plataformas escolhidas para a crítica pública foram o Medium e o Twitter com publicações sob o título Funcionários da Amazon partilham Opiniões Sobre os Negócios da Empresa. Nessas mesmas publicações os funcionários afirmam que apoiam a justiça ambiental e acusam a gestão de “hipocrisia”.

Em Setembro de 2019, Jeff Bezos anunciou que a Amazon passaria a usar energia renovável a 100% na sua infraestrutura global até 2030, assim como a aquisição de 100.00 veículos eléctricos. Na altura, esta declaração de Bezos foi interpretada como uma resposta à crescente pressão que recebia dos funcionários da empresa.

Agora, os funcionários da Amazon acusam a empresa de inconsistência, pois a imagem pública que divulgam não é concordante com o facto de a Amazon continuar a trabalhar com empresas dedicadas à extracção de combustíveis fósseis como a BP e a Shell. Os funcionários aproveitaram ainda esta ocasião para se manifestarem contra a política de comunicação da empresa que exige aprovação prévia das declarações públicas de qualquer funcionário Amazon.