Reguladores querem evitar um “caso GameStop” na Europa

As entidades responsáveis por supervisionar o mercado bolsista na Europa temem que a história da GameStop tenha um novo capítulo no Velho Continente. De acordo com o jornal CincoDías, a espanhola CNMV e outras comissões de valores avisaram sobre os potenciais riscos que o caso norte-americano representa logo no final de janeiro, quando a polémica invadiu as notícias.

Agora, é a European Securities and Markets Authority (ESMA) a mostrar preocupação. A autoridade europeia vai investigar como funciona a dinâmica associada à GameStop, ou seja, como são executadas as ordens de compra e venda através de intermediários, especialmente aqueles que não cobram pela tarefa.

A mesma publicação indica que os eventuais interesses cruzados com os fundos de investimento que apostam na descida de determinadas ações constituem o alvo da ESMA. Segundo esta autoridade, é importante investigar o papel dos brokers online no recente aumento da participação de investidores amadores.

«Sem dúvida, os custos menores para pequenos investidores são um avanço positivo (…). Mas nenhuma comida é grátis», comentou Steven Maijoor, presidente da ESMA.

Segundo o responsável, «a prática de pagamento por fluxo de ordens deve ser avaliada em função dos requisitos do Mifid 2 sobre as chaves dos conflitos de interesses, critério de melhor execução e incentivos». Mifid 2 é uma diretiva europeia implementada em 2018 para fortalecer a proteção dos investidores e melhorar o funcionamento dos mercados financeiros.






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