Redes de tráfico de droga encomendam homicídios na Grande Lisboa após negócios falhados, reconhece PJ

Há encomendas de homicídios na Grande Lisboa na sequência de negócios mal resolvidos: a Polícia Judiciária admitiu a existência das ‘banhadas’, utilizadas por redes de tráfico de droga, avançou esta quarta-feira o ‘Correio da Manhã’. Duas detenções esta semana sublinharam o fenómeno – dois homens, com 26 e 29 anos, terão, entre outubro de 2023 e o mês passado cometido um homicídio consumado e tentaram outros três, com uma metralhadora G3.

De acordo com o jornal diário, as detenções estão envolvidas na investigação à morte de Vítor Pereira, ‘Tamborro’, executado com tiros de Kalashnikov a 10 de fevereiro último no Bairro dos Navegadores, em Oeiras, no que terá sido um homicídio contratado por uma rede de tráfico de droga.

Um dos homens foi capturado na Amadora e outro no sul de Espanha, ambos no passado domingo. “O mais velho está na cadeia e o mais novo será extraditado”, frisou João Oliveira, diretor da PJ de Lisboa. O primeiro crime ocorreu a 15 de outubro, com um disparo ao tórax de um homem em Lisboa. O último foi a 11 de janeiro, em Oeiras. “Um homem foi baleado num carro, e quase foram feridos outros dois”, salientou o responsável da PJ.

A única morte confirmada ocorreu no Casal da Mira, na Amadora, a 28 de outubro de 2023, frisou João Oliveira. “Nove dias após terem falhado, os detidos dispararam tiros de pistola e metralhadora G3 contra um homem de 49 anos, matando-o”, indicou.

Os agora detidos, apesar de não terem algo a ver com o homicídio de Vítor Pereira, em Oeiras, estão a ser investigados pela PJ a par: em ambas situações, os autores receberam de redes de tráfico de droga para executar homens por dívidas diversas.