Rainha Isabel II morreu. O Mundo reage à perda da monarca britânica

A Rainha Isabel II faleceu esta tarde no Palácio de Balmoral, na Escócia, depois de durante a manhã a Família Real ter anunciado que a saúde da monarca há mais tempo no trono britânico ter piorado gravemente.

As reações do mundo não se fizeram esperar, e as redes sociais encheram-se de mensagens de pesar pela morte de uma monarca que privou com 18 Primeiros-ministros durante um reinado de 70 anos.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, escreveu no Twitter que “estou profundamente triste pelo falecimento de Sua Majestade Rainha Isabel II, admirada em todo o mundo pela sua liderança e devoção”.

“Ela foi uma grande amiga das Nações Unidas e uma presença tranquilizadora através de décadas de mudança”, acrescenta, e que “a sua dedicação inabalável será lembrada por muito tempo”.

Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, recorda Isabel II como alguém que “nunca falhou em mostrar-nos a importância de valores perenes num mundo moderno, através do seu serviço e compromisso”.

António Costa, Primeiro-ministro português, escreve que “é com tristeza que recebemos a notícia do falecimento de Sua Majestade a Rainha Isabel II” e que “o seu reinado de 70 anos marcou a história britânica desde a segunda grande guerra”.

“As minhas sentidas condolências à família real e ao povo do Reino Unido”, afirma Costa.

Também Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, afirma, em comunicado, que “Estou certo de que Sua Majestade a Rainha Isabel II permanecerá para todos um exemplo de coragem, de dedicação, de estabilidade e de inabalável sentido de serviço público, como o foi ao longo dos seus mais de 96 anos de vida e 70 anos de reinado”.

E garante que “para Portugal e para todos os Portugueses perdurarão na memória de cada um de nós, com inquestionável carinho e apreço, as visitas que a Rainha Isabel II realizou ao nosso país, em 1957 e 1985”.

“Para mim, pessoalmente, não poderei esquecer a honra do encontro mantido aquando da minha deslocação a Londres, já em 2016”, salienta.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, recorda a Rainha Isabel II como “uma mulher de grande coragem e de grande determinação e, sobretudo, de enorme espírito de serviço ao povo britânico”.

O ex-Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirma que “este é o dia mais triste do nosso país” e que “ela parecia tão intemporal e tão maravilhosa que receio que acreditávamos, como crianças, que ela continuaria para sempre”.

“Tal como é natural aos seres humanos, é só quando enfrentamos a realidade da nossa perda que realmente percebemos o que perdemos. Só agora compreendemos o que ela significava para nós, o quanto ela fez por nós, como ela nos amava”, recorda Johnson.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, salienta que a Rainha Isabel II “foi a Chefe de Estado, a nível mundial, que serviu durante mais tempo e uma das personalidades mais respeitadas em todo o mundo”.

“Ela testemunhou a guerra e a reconciliação na Europa e além dela, e profundas transformações do nosso planeta e das nossas sociedades”, afirma Von der Leyen, acrescentando que “ela foi um farol de continuidade por tempos de mudança, nunca deixando de demonstrar uma tranquilidade e uma dedicação que deram força a muitos”.

Do campo financeiro, Christine Lagarde, líder do Banco Central Europeu, sublinha que “a Rainha Isabel II tem sido um farol de estabilidade e demonstrou um inabalável sentido de dever durante o seu reinado de 70 anos”.

O Presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, escreve no Twitter que “é com grande tristeza que soube da morte de Sua Majestade, a Rainha Isabel II” e, em nome de todo o povo ucraniano, estendeu “sinceras condolências à Família Real, a todo o Reino Unido e à Commonwealth por esta perda irreparável”.

Emmanuel Macron, Presidente de França, afirma que Isabel II “representou a continuidade e a unidade da nação britânica durante 70 anos” e recorda-a como “uma amiga de França, uma rainha de coração bondoso que deixou uma impressão indelével no seu país e no seu século”.

Também o Chanceler alemão, Olaf Scholz, descreve a rainha como “um modelo e inspiração para milhões, incluindo aqui na Alemanha” e destaca que “o seu compromisso para com a reconciliação germano-britânica após os horrores da Segunda Guerra Mundial não será esquecido”.

“Ela deixará saudadas, não menos pelo seu maravilhoso sentido de humor”, diz Scholz.

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