Qatar proíbe sexo fora do casamento durante o Mundial22. Aventuras de uma noite dão 7 anos de prisão
As autoridades governamentais do país conservador da península arábica, que vai receber a competição mundial de futebol entre novembro de dezembro, estabeleceram regras apertadas para os fãs estrangeiros que irão afluir ao Qatar. A mensagem é só uma e bem clara: comportamentos libertinos ficam na fronteira.
A informação é avançada pelo jornal britânico ‘Daily Mail’, que aponta que o Comité Supremo do Qatar, responsável pela organização do evento desportivo, alertou que as relações sexuais fora do casamento no país estão fora dos limites. Os fãs estrangeiros podem arriscar uma pena de prisão de até sete anos.
Além disso, o Qatar também diz que as demonstrações públicas de afeto devem ser evitadas a todo o custo, independentemente da orientação sexual. De recordar que a homossexualidade e o sexo extraconjugal são ilegais nesse país.
Citando fontes policiais, a mesma publicação refere que “todos precisam de estar alerta, a menos que queiram arriscar a prisão”. “Os fãs precisam de estar preparados”.
Em maio, o ‘The Guardian’ denunciou que alguns hotéis no Qatar estavam a negar a entrada a casais do mesmo sexo, o que levou a Fifa a exigir que todas as unidades hoteleiras que constem da sua lista de acomodações recomendadas devem seguir práticas não-discriminatórias.
Na página oficial do Mundial 2022, o Comité Supremo aponta que “o álcool não faz parte da cultura catariana, e poderá não estar disponível em qualquer lado, mas estará disponível em áreas designadas”. As bebidas alcoólicas, como a cerveja, são uma marca tradicional das competições desportivas, pelo que a sua limitação poderá ser uma experiência estranha para muitos fãs.
Com regras apertadas num país que se pauta por valores conservadores e austeros aos olhos de cidadãos de países liberais, é bem possível que o Mundial de 2022 fique marcado indelevelmente na história desportiva como um evento sem precedentes… e sem álcool e sem aventuras extraconjugais.