Putin considera «perigosos e ilegais» os protestos em defesa do opositor russo Alexei Navalny

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, condenou os protestos realizados no fim-de-semana que exigem a libertação do opositor, Alexei Navalny. Para Putin, as manifestações são “perigosas e ilegais”, no entanto, os aliados do político da oposição afirmam ter planeado um novo protesto, semelhante, para domingo.

A polícia deteve mais de 3700 pessoas e dispersou comícios em toda a Rússia, no sábado, enquanto dezenas de milhares de manifestantes ignoravam o frio extremo e os avisos da polícia para exigir que Alexei Navalny fosse libertado da prisão, onde está a cumprir uma pena de 30 dias por alegadas violações da liberdade condicional, que Navalny nega, no entanto.

Putin avistou esta segunda-feira que ninguém deveria utilizar ações de protesto ilegais para promover os seus próprios interesses políticos. “Toda a gente tem o direito de expressar o seu ponto de vista dentro do quadro previsto pela lei. Qualquer coisa fora da lei não é apenas contraproducente, mas perigosa”, disse o Presidente russo, citado pela agência Reuters.

O governante citou as convulsões causadas pela Revolução Russa, em 1917, e o colapso da União Soviética, em 1991, como exemplos de como uma ação ilegal poderia ser perigosa e, portanto, deveria ser evitada.

Enquanto Putin falava, Leonid Volkov, um aliado próximo de Navalny, atualmente fora da Rússia, anunciou planos para um novo protesto este domingo que vai, mais uma vez, pedir às autoridades para libertar o opositor russo.

Putin deverá marcar presença no Fórum Económico Mundial por videoconferência, esta quarta-feira. A sua aparição poderá ser contestada pelos críticos, numa altura em que o Ocidente está a ponderar novas sanções contra a Rússia, devido à forma como tem tratado Navalny.

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