Procura supera cinco vezes emissão de obrigações verdes da REN

A REN – Redes Energéticas Nacionais anunciou hoje que a procura superou em mais de cinco vezes a sua primeira emissão de obrigações verdes, destacando-se Alemanha, França e Portugal.

A REN colocou no mercado para a sua primeira emissão de obrigações verdes um montante de 300 milhões de euros, com maturidade a oito anos e taxa fixa de 0,5%.

“A procura pela obrigação foi bastante elevada, cobrindo em mais de cinco vezes a quantidade a emitir”, apontou, em comunicado, a empresa liderada por Rodrigo Costa.

Segundo a REN, a procura chegou, essencialmente, à Alemanha e França, tendo os investidores portugueses ocupado o terceiro lugar.

No total, mais de 60% dos investidores são de cariz verde.

“Ficamos contentes por termos feito a nossa primeira emissão verde e assim alinharmos as nossas estratégias financeiras e de sustentabilidade”, afirmou, citado no mesmo documento, o ‘chief financial officer’ da REN, Gonçalo Morais Soares.

Para este responsável, os resultados apurados revelam a “atratividade da REN nos mercados de capitais, como investimento seguro e com rentabilidade previsível”.

A emissão inaugural verde da REN “reflete o alinhamento da estratégia financeira da empresa com a estratégia de sustentabilidade da empresa, baseada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) criados em 2015 pelas Nações Unidas, e demonstra o compromisso da empresa com as questões ambientais, sociais e de governança”.

O grupo de bancos responsável pela colocação é constituído pelo BBVA, CaixaBI, ING, J.P. Morgan, Millennium BCP, Santander e o SMBC, todos atuando na qualidade de “joint bookrunners”, informou a gestora das redes energéticas nacionais.

Adiantou que o ING tem ainda o papel de ‘Green Structuring Bank’ pela assessoria prestada à REN no âmbito do processo de elaboração do seu ‘Green Finance Framework” publicado em fevereiro.

A emissão surge dois meses depois de a empresa ter sido certificada pelo Institutional Shareholder Services (ISS-ESG) com o ‘rating’ Prime, ao considerar que dá um “contributo significativo” para atingir “as metas de desenvolvimento sustentável”.

A REN tem um ‘rating’ BBB atribuído pela Fitch e pela Standard & Poor’s e Baa3 pela Moody’s.

Em 2020, a REN registou lucros de 109,2 milhões de euros, uma redução de 8,1% face a 2019.

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