Revelados os cargos públicos mais bem pagos em Portugal. Dois recebem mais de 7 mil euros

Os cargos públicos mais bem pagos em Portugal, que integram carreiras especiais e não estão sujeitos aos valores da tabela única, são os de presidente do Supremo Tribunal de Justiça e procurador-geral da República, com uma remuneração bruta de 7119,50 euros.

Esta informação é divulgada através de um simulador disponibilizado recentemente pela Direção-Geral da Administração e Emprego Público (DGAEP), permitindo a todos os interessados conhecer as carreiras e cargos existentes no Estado e os salários correspondentes. Em comparação, um primeiro-ministro recebe um salário-base de cerca de seis mil euros.

Um dos cargos mencionados nos quadros da Administração Pública é o de mordomo da Presidência da República. O Correio da Manhã confirmou que este cargo, previsto apenas para o Palácio de Belém, está ocupado e corresponde atualmente ao responsável pela coordenação dos funcionários da residência do chefe de Estado. A remuneração-base prevista no simulador da DGAEP é de 1157,91 euros.

O simulador, recentemente disponibilizado, permite consultar os valores das remunerações para diferentes carreiras, categorias e cargos na Administração Pública. Segundo a DGAEP, “o simulador destina-se, designadamente, a cidadãos que pretendam constituir vínculo de emprego público, trabalhadores em funções públicas e público em geral”.

O sistema remuneratório da Administração Pública conta com 115 posições na tabela única, com salários brutos variando entre 821,83 euros e 6819,79 euros.

Professores, médicos e agentes das forças de segurança são alguns dos grupos profissionais mais numerosos no Estado. No entanto, a listagem disponibilizada inclui também vigilantes da natureza e rocheiros, especializados na execução de trabalhos de limpeza e manutenção de taludes e escarpas rochosas.

Veja a lista abaixo das remunerações:

Carreiras gerais
Assistente operacional – Base 821,83; Topo: 1175,46
Militares soldado – Base 821,83; Topo: 869,84
Técnico auxiliar de saúde – Base 869,84; Topo: 1228,09
Técnico de gestão patrimonial de 2.ª classe – Base 915,47; Topo: 1270,20
Assistente Técnico – Base 922,47; Topo: 1491,25
Guarda florestal – Base 922,47; Topo: 1280,72
Fiscal – Base 922,47; Topo: 1491,25
Marinheiro de salva-vidas – Base 922,47; Topo: 1280,72
Vigilante da Natureza – Base 922,47; Topo: 1438,62
Rocheiro – Base 922,47; Topo: 133,35
PJ (apoio investigação – segurança) – Base 1017,56; Topo: 1969,68
Técnico de sistemas e tecnologias de informação – Base 1070,19; Topo: 2783,21
Bombeiro sapador – Base 1075,85; Topo: 1548,55
Mestre floresta principal – Base 1270,20; Topo: 1438,62
Enfermeiro – Base 1333,35; Topo: 3114,98
Oficial de Registo – Base 1333,35; Topo: 3557,35
Guarda prisional – Base 1333,35; Topo: 1596,52
Técnico superior – Base 1385,99; Topo: 3667,94
Inspetor ASAE – Base 1385,99; Topo: 4165,60
Inspetor pescas – Base 1385,99; Topo: 4165,60
Técnico superior estatística INE – Base 1438,62; Topo: 3889,10
Inspetor de navios – Base 1438,62; Topo: 4165,60
Chefe PSP – Base 1438,62; Topo: 1754,41
Técnico superior especialista orçamento e finanças públicas – Base 1438,62; Topo: 3889,10
Inspetor tributário – Base 1491,62; Topo: 3612,64
Faroleiro 1.ª classe – Base 1491,62; Topo: 1649,15
Polícia Marítima (inspetor) – Base 2078,11; Topo: 2294,95
Técnico superior de saúde tempo completo assessor – Base 2332,80; Topo: 2832,57
Major GNR – Base 2403,37; Topo: 2674,43
Conselheiro Embaixada – Base 2485,46; Topo: 3030,97
Admin. prisional 1.º grau – Base 2620,23; Topo: 3317,73
Consultor cibersegurança – Base 3059,69; Topo: 3391,46
Médico assistente (40horas) – Base 3280,88; Topo: 3723,24
Investigação científica (inv. auxiliar) – Base 3427,59; Topo: 4306,46
Prof. auxiliar Ensino Superior – Base 3427,59; Topo: 4306,46
O
Auditor Tribunal de Contas – Base 3696,66; Topo: 5476,54
Embaixador – Base 4270,88; Topo: 4684,22
Juízes peq. criminalidade – Base 4791,97; Topo: 5476,54
Prof. catedrático – Base 5009,55; Topo: 5800,54

Dirigentes máximos

Reitor – 6591,52
Diretor nacional da PJ – 6845,68
Administrador hospitalar – 4009,89
Diretor municipal – 4009,89
Diretor geral do Tribunal de Contas – 5925,77

Segundo a DGAEP, o atual regime de carreiras é caracterizado por um número significativamente inferior de carreiras em comparação com o anterior, com conteúdos funcionais mais abrangentes. As carreiras são classificadas como gerais e especiais, sendo sistematizadas de acordo com o grau de complexidade funcional exigido para a integração em cada uma. Ainda existem algumas carreiras que não foram extintas ou revistas, designadamente as de regime especial e as de corpos especiais.

De acordo com dados da DGAEP, o número de funcionários públicos em Portugal atingiu 745 406 no final do ano passado, representando um aumento de 0,4% em comparação com o ano anterior e de 1% em relação ao trimestre anterior. Desde o último trimestre de 2011, houve um aumento de 2,4% no número de funcionários públicos, correspondente a mais 17 705 postos de trabalho.

No último trimestre de 2023, em comparação com o período homólogo, registou-se um aumento de 3239 postos de trabalho, atribuído principalmente aos municípios, com a contratação de 2072 postos de trabalho. Na administração central, o aumento homólogo de 701 postos de trabalho foi impulsionado essencialmente pelo emprego nas carreiras de técnico superior e docentes do ensino universitário e politécnico.

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