Preço das rendas disparou mais de 40% em 2023. E estas cidades foram as principais “culpadas”

Durante 2023, em comparação com o ano anterior, o valor médio dos imóveis para arrendar registou um aumento de 41%, estando 350 euros mais caro.

Estes são os resultados do barómetro anual relativo à evolução dos preços médios anunciados, de arrendamento e venda, em Portugal, do Imovirtual, que mostra que os distritos de Portalegre, Leiria e à Ilha da Madeira foram os principais responsáveis por esta crise.

No ano passado registou-se uma subida dos valores médios de arrendamento de forma geral em todos os distritos, nomeadamente: Portalegre (+46%) que regista o maior aumento da renda média, que passa de 325 para 475 euros; Leiria (+35%), passa de 568 para 765 euros, Ilha da Madeira (+35%) passa de 887 para 1.200 euros, Lisboa (+34%), passa de 1.198 para 1.600 euros, Faro (+30%), que passa 760 para 990 euros e Porto (+29%), que passa de 850 para 1.100 euros.

Por outro lado, registou-se uma diminuição em Coimbra (8%), Bragança (9%) e Ilha Terceira (10%), com a renda média a fixar em 650 euros, em 450 euros e 547 euros, respetivamente.

De forma geral, Bragança (450 euros), Guarda (470 euros), Portalegre (475 euros), Castelo Branco (500 euros) e Vila Real (522 euros) foram os distritos mais baratos para arrendar casa ao longo do ano. Lisboa continua a ser o mais caro, (1.600 euros), seguindo-se a Ilha da Madeira (1.200 euros), Porto (1.100 euros), Setúbal (1.100 euros) e Faro (990 euros).

Arrendar uma casa, em 2023, no distrito de Lisboa, custou, em média, 1.600 euros, um aumento de 34% face a 2022.  Já arrendar uma casa no distrito do Porto, custou, em média, 1.100 euros, um aumento de 29% face a 2022.

No que respeita à venda de casas, a subida dos preços médios de um ano para o outro foi mais ténue (+5%), o que representa um aumento de cerca de 12.950 euros, face ao ano passado. Atualmente, comprar uma casa custa, em média, 299.950 euros.

Comprar um apartamento, ficou 6% mais caro do que em 2022, enquanto a moradia teve uma descida de 4%, face ao ano anterior.

O distrito que registou um maior aumento no preço das casas, foi Castelo Branco (+35%), onde os valores sobem de 82.000 para 108.125 euros. Seguindo-se Évora (+34%, de 125.000 para 167.750 euros), Leiria (+23%, de 195.000 para 239.500 euros), e Coimbra (+23%, de 159.000 para 195.000 euros, respetivamente).

Comprar uma casa, no distrito de Lisboa, este ano, custou, em média, 449.450 euros, sendo este o distrito mais caro do país. Comprar uma casa no distrito do Porto, custou, em média 300.000 euros, sendo este um dos distritos mais caros do país. Contudo, quando comparado com 2022, verificou-se uma subida de 3%.

“Os preços de arrendamento tiveram um aumento significativo e os de venda mantiveram-se relativamente estáveis durante o ano. Esta foi uma consequência natural da situação macroeconómica com aumento dos juros”, refere Sylvia Bozzo, Marketing Manager do Imovirtual.

 

 

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