Portugueses ajudam equipas de salvamento nas operações de busca pelo submersível Titan

A Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental foi contactada e colaborou com a equipa que está a desenvolver as operações de busca e salvamento do submersível Titan, que desapareceu no domingo com 5 pessoas a bordo, numa viagem até ao Titanic, afundado no Atlântico.

António Calado, responsável pela entidade portuguesa, explica em entrevista ao Jornal de Notícias que a equipa foi contactada para ajudar de forma indireta, numa fase inicial, e explorar as hipóteses que teria de poder auxiliar na resposta imediata.

“No início, fomos contactados para prestar auxílio, para avaliar a nossa disponibilidade e tivemos conversações para alinharmos um plano. Numa fase inicial, demonstrámos, do ponto de vista operacional, que estaríamos prontos para dar resposta se fosse necessário. Rapidamente chegámos à conclusão que valeria a pena explorar outras opções”, explica António Calado, adiantando que a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental se manteve como backup, caso fosse necessário.

“Como pertencemos a uma aliança internacional de veículos de investigação do mar profundo, que foi fundada inicialmente por alguns operadores destes veículos americanos, o que temos que fazer é contactar essas pessoas, que de facto são os que estão mais perto do local, na costa oeste dos Estados Unidos e do Canadá, e ver quais deles conseguem mobilizar o mais rapidamente possível”, continua o responsável.

Recorrendo à experiência para pôr hipóteses para o que correu mal, o especialista aponta para dois cenários: um de perda de energia e dos sistemas de comunicação, e outro de danos estruturais do submersível.

O responsável considera que existe uma escassa esperança de encontrar o veículo submarino e salvar os tripulantes e passageiros com vida. “Eu diria que as probabilidades não estão a nosso favor, mas existem. E é por isso que nessa baixa probabilidade temos de continuar a batalhar”, afirma.

 

 

 

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