“Portugal tem que criar e distribuir mais riqueza pelos cidadãos”, afirma Presidente da Accenture

José Gonçalves, Presidente da Accenture, foi o primeiro interveniente da 21.ª Conferência da Executive Digest, debruçando-se sobre 3 ideias para Portugal, ideias essas que devem passar prementemente à ação e que estão centradas em 3 eixos: pessoas, empresas e Administração Pública.

O Presidente da Accenture sublinhou durante a sua intervenção que “Portugal tem que criar e distribuir mais riqueza pelos cidadãos” e, como tal, devemos começar pelo primeiro eixo, as pessoas.

O executivo destacou que, de forma a gerar riqueza para as pessoas, devemos acelerar a qualificação de talentos por forma a potenciar a criação de negócios com mais valor acrescentado por forma a potenciar o crescimento da economia empresarial e o aumento dos salários dos trabalhadores.

No segundo eixo, empresas, José Gonçalves salientou que “devemos ter uma agenda de obsessão para evoluir PME para grandes empresas”, porque ser uma PME não é o fim, mas sim uma alavanca para a construção de uma grande empresa.

O Presidente da Accenture sublinhou ainda alguns pontos fundamentais para promover o desenvolvimento do tecido empresarial, como apoiar as PME na transformação digital, incentivar fusões e aquisições por forma a que as empresas sejam competitivas à escala internacional, e atrair capital estrangeiro.

No que respeita ao terceiro e último eixo, Administração Pública, José Gonçalves sublinhou que devemos acelerar mais a transformação digital e aumentar a disponibilização de serviços digitais, pois, se este setor funcionar bem, a produtividade do país aumenta.

“Não devia haver nenhum serviço público que não pudesse ser feito online”, sublinhou, acrescentando que devemos desburocratizar, otimizar, digitalizar e desmaterializar a Administração Pública.

José Gonçalves sublinhou ainda que esta análise pretende a criação de “negócios de maior valor acrescentado que requerem mais competências, devemos ter uma agenda de obsessão para evoluir PME para grandes empresas, e Administração Pública deve reduzir os esforço orçamental e impulsionar produtividade”.

“A pandemia foi um contributo importante para que se perceba que é possível trabalhar a partir de qualquer lado e forçou o desenvolvimento de compotências que não tinham”, mas “atenção”, isto não é a transformação, digital, é a ponta do iceberg, acrescentou.

Decorre hoje no Museu do Oriente em Lisboa, a 21.ª Conferência Executive Digest com o tema “Desafios e Oportunidades – na Economia Pós-Covid”. Neste evento, 12 presidentes, CEOs e gestores subirão a palco para traçar possíveis caminhos para o futuro dos negócios e da economia em Portugal.

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