Petróleo poderá atingir 150 euros por barril “caso se verifique uma escalada no conflito” em Israel, avisa analista

Na eventualidade de se verificar uma escalada de violência no conflito entre Israel e o Hamas, e que envolvesse o Irão diretamente, seria expectável que os preços do petróleos e dos produtos derivados subissem em flecha, com o barril a poder atingir os 150 dólares. É o que alerta Amrita Sen, analista e diretora de investigação da Energy Aspects.

Em entrevista à Bloomberg, a especialista, quem vende petróleo está a ter dificuldade neste momento, em decidir como o fazer, “já que não há perdas diretas de fornecimento, mas ainda assim a proximidade geográfica com o Irão é muito grande”, “Vimos os protestos na sexta-feira”, disse Sen, recordando as demonstrações de apoio em vários países perante os pedidos que fosse um “dia de raiva”, convocado pelo Hamas. “Agora ninguém sabe muito bem para onde vai o mercado”, indica.

A procura pelo petróleo “está a desacelerar, assim como a economia dos EUA, pelo menos até final do ano”, enquanto na gasolina mantém-se, e no gasóleo enfraquece na Europa, mantendo-se no resto do mundo.

Diz a especialista que todos têm “desvalorizado envolvimento do Irão” na guerra entre Israel e o Hamao, “porque não há nada de positivo numa escalada do conflito”, sendo que é um foco do mercado.

“Mas há outra linha de pensamento que afirma que os EUA aplicaria sanções ao Irão mas olhando para o lado, o que é difícil de fazer, quando a China é capaz de comprar e contornar completamente o sistema bancários dos EUA”, continua a analista.

“Pensamos que a probabilidade de um ataque ao Irão é muito baixa, mas nada está descartado. Os inventários estão muito em baixo, no que respeita aos produtos de petróleo, porque o refinamento tem-se ressentido. O positivo para o crude é que há capacidade Arábia Saudita e Rússia, no casso de perda genuína de capacidade de forma drástica”, avisa.

Amrita Sen termina, quando questionada sobe se o valor do barril de petróleo poderá atingir os 150 dólares: “Sim. O mercado está muito apertado e sim, será expectável um grande e rápido aumento de preços caso se verifique uma escalada no conflito”.

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