Petróleo ganha quase 2% mas não chega. Estes foram os piores meses e trimestres da história

Os preços do petróleo subiram esta terça-feira, depois de o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, terem concordado em avançar com negociações destinadas a estabilizar os mercados de energia.

O petróleo dos EUA ganhou 1,94%, ou 39 centavos, para fechar em 20,48 dólares por barril. Na segunda-feira, fechou em 20,09 dólares, o menor valor desde fevereiro de 2002. Embora o WTI tenha encerrado o trimestre com uma nota alta, este foi o seu pior trimestre.

O petróleo Brent, por sua vez,  caiu 2 centavos para ser negociado a 22,74 dólares por barril, após fechar na segunda-feira 22,76 dólares, o seu resultado mais baixo desde novembro de 2002. 

Os mercados de petróleo enfrentaram um golpe duplo com o surto de coronavírus e uma corrida para ganhar participação de mercado entre a Arábia Saudita e a Rússia, sob pressão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo – OPEP, e outros produtores não terem concordado em cortes mais profundos para apoiar os preços do petróleo, no início de março.

Trump e Putin acordaram, durante um telefonema, que os seus principais representantes e responsáveis pela pasta da Energia discutissem a estabilização dos mercados de petróleo, disse o Kremlin, na passada segunda-feira.

Embora o mercado no futuro possa entrar em recuperação, existem cargas a ser vendidas em algumas regiões a um dígito, com vendedores a oferecer descontos consideráveis.

A queda nos preços a pique, de cerca de 60%, nos preços do petróleo este ano, já levou o regulador de energia do estado do Texas a renovar um pedido de restrições à produção de petróleo por causa do excesso de oferta nacional.

A ilustrar o quão bem o mercado é abastecido, os números mostram que o Brent, em maio, será negociado com um desconto, atingindo 13,95 dólares por barril.

A Arábia Saudita, líder da OPEP planeia aumentar as suas exportações de petróleo para 10,6 milhões de barris por dia (bpd) a partir de maio, com menor consumo doméstico, assegurou o Ministério de Energia Saudita.

Enquanto isso, as refinarias mundiais de petróleo cortaram sua produção devido à queda na procura por combustível de transporte, com as refinarias europeias a cortar a produção em pelo menos 1,3 milhão de barris por dia (bpd), disseram fontes à Reuters.

Por exemplo, a Exxon Mobil Corp decidiu fechar uma pequena unidade de destilação de petróleo na sua refinaria de 502.500 bpd em Baton Rouge, na Louisiana, devido à baixa procura.

 

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